Além da diversão: empresário Lucas Malta explica como games podem melhorar vida profissional

Publicada: 24/11/2022 - 12:29


Engana-se quem pensa que os games são apenas diversão. Além de representarem uma indústria lucrativa, que movimentou US$ 175,8 bilhões em 2021 – de acordo com os últimos dados consolidados e preliminares da consultoria Newzoo – eles também são aliados da vida profissional. Isso mesmo: os jogos podem ajudar a desenvolver melhor suas funções no ambiente de trabalho. O motivo está relacionado aos estímulos que provocam nos jogadores.

O empresário Lucas Malta comenta que, além do passatempo, para a carreira profissional os videogames podem ajudar em vários pontos essenciais, como resolver conflitos e analisar reações. Eles ainda estimulam a criatividade ajudam a criar estratégias. Sobre essa última, Lucas pontua que, no mundo dos negócios, é necessária para conseguir bons resultados. Ele explica que, dependendo do jogo, a estratégia pode levar ao sucesso ou à derrota. No mundo profissional isso não se difere.

“Se você quer passar de fase em um jogo, deve ser estratégico e criar um plano mental para fazer isso. No relacionamento com o cliente não é diferente, e desafia da mesma forma. Você tem um produto, ou serviço, e quer oferecê-lo. Para conseguir fechar essa venda, é imprescindível estudar a melhor forma de convencer o cliente disso. Ou seja, ter uma estratégia”, comentou.

Cientistas do Imperial College, de Londres descobriram que, realmente, os games podem melhorar a inteligência, como a memória de trabalho, a compreensão, o pensamento e a capacidade de manter ativas as informações que são usadas para atividades cognitivas distintas. Já uma pesquisa da Universidade de Denver mostrou que as habilidades de jogadores de games são 14% maiores em comparação aos não jogadores. E tem mais: a retenção de informação também pode ser 9% maior. Diante disso, Lucas reforça que os jogos ainda são aliados da criatividade.

“Normalmente, antes de começar um jogo, as pessoas não dão muita atenção ao manual de instrução. Ou seja, elas aprendem por conta própria as regras, as jogadas e estudam os demais competidores. Outra coisa que posso citar como eficaz nos jogos é a ajuda com a concentração. Você já viu alguém tirar os olhos da tela antes do final da partida? Não tem como, porque se desviar a atenção, você perde. No trabalho acontece a mesma coisa: se não nos concentrarmos, ao final do dia não teremos concluído nossas demandas”, disse.

“Durante uma partida, para ter sucesso, às vezes preciso da ajuda de um ou mais jogadores. Nas minhas empresas, se eu fosse fazer tudo sozinho, não daria conta. Minha equipe é fundamental para ajudar nas demandas do dia. Isso ensina muito sobre o trabalho conjunto e colaboração. Nós temos a impressão de ser apenas uma distração, ou hobby. Mas, olhando de forma mais profunda, é sempre possível tirar algum aprendizado”, concluiu.

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