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Pesquisador Urandir Fernandes, atual presidente do Conselho de Pesquisas Avançadas, fala da importância do avanço para o cenário nacional

Toda fonte de pesquisa e estudo é válida desde os primórdios da evolução humana. A inquietude e a incessante procura por aprendizado são intrínsecas ao cérebro racional, que traçou objetivos de melhoria a partir do momento em que o conceito de sociedade foi estabelecido. Recentemente, o Brasil vem se destacando como uma potência em pesquisa científica de maneira singular, contribuindo para grandes projetos que envolvem áreas como astronomia, virologia e medicina.

A expertise brasileira fez com que, somente em 2023, cerca de 157 mil artigos fossem publicados, sendo 75% em acesso aberto. Os dados são do catálogo internacional OpenAlex e mostraram que esse volume colocou o país na décima posição entre as nações com maior produção científica do ano. Além disso, em fevereiro deste ano, um levantamento do novo censo do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) revelou que, ainda em 2023, havia 42.852 grupos de pesquisa cadastrados, frente a 37.640 registrados em 2016.

“O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) determinou que essa tendência de crescimento tem início no ano 2000, o que significa um avanço de 264%, com projeção de futuro exponencial. O Brasil é um país de dimensões continentais e de uma natureza vasta, por isso, é fundamental focar nesse aspecto que pode gerar oportunidades, empregos, avanços sociais e, ainda, consolidar autoridade e reconhecimento. A única coisa que não podem nos tirar é o conhecimento, e o investimento em estudos é a chave para atingirmos ainda mais pessoas e triplicarmos esses números”, pontuou Urandir Fernandes, que, em junho deste ano, foi condecorado como presidente de pesquisas avançadas pela Academia Brasileira de Honrarias ao Mérito (ABRHAHM).

A Inteligência Artificial vem conquistando espaço significativo como braço científico, não só no Brasil, mas em todo o mundo. O país se tornou o principal polo de IA da América Latina, com 144 unidades de pesquisa dedicadas ao tema, distribuídas em diferentes regiões e com atuação relevante em setores como ciências da vida, energia e agricultura. Esse sistema atua como facilitador, reduzindo os prazos de entregas e retornos, além de impulsionar e otimizar processos e análises que, antes, poderiam levar meses ou até anos para serem concluídos.

É evidente que, com maior apoio de patrocinadores, esse cenário poderia alcançar proporções ainda maiores. No entanto, as pesquisas já viabilizam desenvolvimento econômico, melhoria da qualidade de vida, soluções para problemas complexos, avanço em políticas públicas, renovação da competitividade e fortalecimento da educação, tanto no ensino básico quanto no superior, com novas descobertas e diferentes vertentes do saber.