Abu Dhabi Grand Slam de Jiu-Jitsu deve receber atletas de cerca de 30 países no Rio
Por: Redação
Publicada: 27/06/2025 - 8:53

A Arena Carioca 1, no Parque Olímpico do Rio, será palco de mais uma edição histórica do Abu Dhabi Grand Slam de Jiu-Jitsu, entre os dias 18 e 20 de julho. A competição internacional, organizada pela AJP (Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro), retorna à cidade pelo segundo ano consecutivo com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer, pelo segundo ano consecutivo.
O evento representa um marco esportivo, social e econômico. A edição de 2025 deve reunir cerca de 4 mil atletas de 30 países, superando os 3.200 competidores de 22 nacionalidades no ano passado — um crescimento de 20% que reforça o Rio como um dos centros globais do jiu-jitsu. O torneio também oferece premiação recorde de R$ 1 milhão e entrada gratuita para o público.
A movimentação vai além dos tatames. O turismo esportivo gerado pelo Grand Slam impacta diretamente a economia carioca. De acordo com dados da Prefeitura, turistas estrangeiros permanecem em média cinco dias na cidade, com gastos diários de R$ 605,64, enquanto os brasileiros ficam quatro dias e gastam R$ 529,16 por dia. Hotéis, restaurantes, transportes e comércio local devem sentir os efeitos positivos.
O evento ainda contribui para a geração de centenas de empregos diretos e indiretos. Com forte viés social, o Grand Slam também reservará 400 vagas para jovens atletas de projetos sociais apoiados pelo Estado.
Secretário Estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani destacou:”O apoio ao Grand Slam faz parte de uma estratégia maior: consolidar o Rio como capital do esporte no continente. Esse tipo de parceria reforça o nosso compromisso com o esporte como política pública. O governo entra com a estrutura e as contrapartidas necessárias, e o resultado é um evento de nível mundial que movimenta a economia, atrai turistas e ainda oferece oportunidades de acesso e visibilidade para o jiu-jitsu brasileiro”.
Líder da AJP no Brasil, Elias Eberhardt exaltou a parceria: “O Grand Slam no Rio é um movimento que transforma vidas. Reunimos atletas do mundo inteiro, movimentamos a economia local e damos visibilidade a jovens de projetos sociais que sonham com um futuro no esporte. Ver a cidade abraçar o jiu-jitsu dessa forma, com apoio do governo e participação popular, mostra que estamos no caminho certo para consolidar o Brasil como referência global na modalidade”.
O jiu-jitsu brasileiro tem força comprovada dentro e fora do país. Com base em dados do IBGE, mais de 3 milhões de brasileiros praticam a modalidade atualmente. No exterior, há cerca de 3 mil academias com a sigla BJJ apenas nos Estados Unidos, onde professores brasileiros chegam a faturar entre US$ 50 mil e US$ 150 mil por ano. Já nos Emirados Árabes Unidos, mais de 700 brasileiros atuam como instrutores, refletindo a integração entre as duas culturas — o jiu-jitsu é esporte nacional nos Emirados e faz parte do currículo escolar desde os anos 90.
O evento reforça essa ponte entre o Brasil e os Emirados. Hoje, o jiu-jitsu é praticado por membros da família real, como a princesa Maithan bint Mohammed al-Maktoum e o xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
Com um calendário recorde de 485 eventos realizados em 2024, o Rio registrou um aumento de 45,21% em relação a 2023, gerando R$ 8,4 bilhões para a economia da cidade, com R$ 402 milhões arrecadados em ISS. Os eventos esportivos lideraram a lista, com 78 realizações.