Após confirmação do doping, Rafaela diz que vai provar inocência

Publicada: 21/09/2019 - 14:33


Rafaela Silva testou positivo nos Jogos Pan-Americano no último mês de agosto em Lima (Foto: Divulgação/CBJ)

A campeã olímpica Rafaela Silva foi flagrada no exame antidoping realizado nos Jogos Pan-Americanos de Lima (PER),  no último mês de agosto. A lutadora, que foi medalhista de ouro na competição, testou positivo para a substância fenoterol, que possui efeito broncodilatador e, geralmente, é usado em tratamento de doenças respiratórias, como a asma, por exemplo.

Em entrevista coletiva na sexta-feira (20), logo após o caso se tornar público, Rafaela concedeu uma entrevista coletiva na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, na Zona Sul do Rio. A judoca afirmou que está limpa.

“Eu dei positivo. Estamos estudando e avaliando a possibilidade da substância ter chegado ao meu corpo. Estou aqui para falar. Quisemos antecipar, mas não podíamos falar antes da audiência. Não tenho nada a esconder. Não tomo remédio, bebida alcoólica. Sempre tive cuidado, não pego garrafa de ninguém. Sempre tive muito cuidado. Estou na mira, no alvo da Wada (Agência Mundial de Antidoping) desde que cheguei à seleção de Judô, em 2010. Justamente por não fazer esse tipo de coisa. Já sabia há um tempo, mas não tinha nada concreto”, apontou.

A suspeita, segundo Rafaela, é que a contaminação tenha acontecido através do contato com uma criança, que é filha da também judoca Flávia Rodrigues: “Eu não faço uso dessa substância, não tenho asma, não tenho nada. Quando fiquei sabendo dessa notícia, fiquei pensando todos os dias o que eu tinha feito, o que podia ter acontecido. A única pessoa que fez uso dessa substância foi a Lara, que treina no Instituto Reação. Eu tenho mania de dar meu nariz para a criança chupar. Conforme ela vai chupando meu nariz, eu vou inalando as substâncias que ela manda para o meu corpo”, disse atleta do Instituto Reação, que não pensou na possibilidade de ficar de fora das Olimpíadas de Tóquio, em 2020.

Apesar da notícia ter se tornado pública nesta sexta, a lutadora já sabia da confirmação do teste positivo desde o Mundial do Japão – quando competiu, ganhou o bronze e o exame antidoping foi negativo.

A fenoterol não é uma substância proibida pela WADA – ela é apenas especificada. Deste modo, Rafaela não precisa ser suspensa imediatamente, mas corre o risco de perder a medalha de ouro conquistada no Pan. No entanto, poderá seguir competindo normalmente e já anunciou que vai lutar o Interclubes com o Instituto Reação, neste fim de semana, em Brasília.

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