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Por Daniel Costa e Silva

Uma das revelações do Parajiu-Jitsu brasileiro, Rodolfo Tavares, de 32 anos, precisou ser “faixa-preta” da vida para disputar uma competição em Manaus há dois meses. Além de passar mais de 90 horas na estrada em três ônibus desde São José dos Campos, São Paulo, onde mora e treina, até chegar à capital do Amazonas, o paratleta custeou tudo do próprio bolso – ao todo, entre transporte, alimentação, hospedagem e inscrição, cerca de R$ 6 mil. Algo que, no Brasil, ainda é muito comum entre atletas que disputam modalidades que não estão na primeira prateleira do esporte nacional.

Os desafios de Rodolfo Tavares para competir são recorrentes: “Disputei um campeonato em Guarapari (ES) e cheguei com R$ 5 no bolso. Em vez de comprar algo pra me alimentar, comprei graxa e fui oferecer alguns serviços pela cidade. Ganhei R$ 80 e aí consegui comer. Antes de viajar, tinha tentado fazer vaquinha com amigos, mas ninguém ajudou”, contou o atleta de Parajiu-Jitsu.

Compete Rio vem para resolver essa situação no Rio de Janeiro

Os casos se repetem por todo o Brasil, os atletas estão sempre se virando para conseguirem competir, mas no Estado do Rio de Janeiro uma lei que hoje se encontra em trâmite, de autoria do deputado estadual Ronaldo Anquieta, tem a finalidade de cobrir os custos de transporte e hospedagem dos atletas para a disputa de competições no Brasil e no exterior.

O projeto de lei que está em trâmite se chama “Compete Rio”, e é inspirado em um programa similar existente em Brasília, onde o processo para o atleta se candidatar a receber os benefícios já é totalmente online, tanto para anexar os documentos, como para acompanhar o andamento.