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No último dia 21 de março, um grande passo foi dado na luta pela reabertura da Arena da Juventude, em Deodoro-RJ, importante palco das artes marciais no Rio de Janeiro e que foi fechada após um rompimento entre Exército e Ministério do Esporte.

Diretamente da sede da ALERJ, no Centro do Rio, ocorreu uma audiência pública para debater o fechamento do local. Liderado pela Comissão de Legislação Participativa, que é presidida pelo deputado Yuri Moura, o encontrou contou com a presença de dezenas de representantes de diferentes artes marciais e do Sindilutas – através de Marcos Castro e do professor Fabrício Xavier. E sobre a reunião, Yuri falou a respeito.

“Eu primeiro queria agradecer ao Sindilutas e todas as entidades presentes. Nós conseguimos fazer uma audiência pública bem encaminhativa, desde a diligência na Arena da Juventude até a construção de um manifesto cobrando a abertura imediata para os eventos, além daquele espaço também atender os projetos sociais”, resumiu o deputado, que prosseguiu:

“Vamos criar aqui, na ALERJ, uma Frente Parlamentar em Defesa das Artes Marciais. Vou conversar com o presidente Rodrigo Bacellar, outros deputados e deputadas, e tenho certeza que esse será um instrumento permanente para atender todas as entidades, federações, confederações, professores, atletas e famílias. Para não deixarmos o legado olímpico virar um ‘largado olímpico’, Ministério do Esporte, Exército Brasileiro, Administração do Legado Olímpico, Prefeitura e Governo do Estado precisam fazer a sua parte, enquanto a gente vai estar do outro lado fiscalizando”.

Em busca de união e uma solução para a retomada da Arena da Juventude, que foi projetada para os Jogos Olímpicos de 2016, o professor Fabrício Xavier, presidente do Sindilutas, completou:

“‘Se todos realmente se unirem e nos comprometermos com essa causa, a reabertura da Arena da Juventude, tenho certeza que isso vai atingir não só o estado do Rio de Janeiro, mas o Brasil, e servirá de referência no debate nacional para o crescimento do esporte”.

Até o momento, cerca de 40 eventos de diferentes artes marciais como Jiu-Jitsu, Parajiu-Jitsu, Muay Thai, entre outros – todos agendados até o fim de 2025 -, foram cancelados. A priori, a Arena da Juventude e todo o Complexo Esportivo de Deodoro são estruturas que deveriam ter foco na propagação do legado olímpico. Através das redes sociais, André Fufuca, ministro do Esporte, explicou os próximos passos:

“Nós estamos sensíveis a causa, a gente está procurando uma saída. O que na verdade nós queremos é que haja uma readequação dos valores que hoje são gastos nesse complexo, valores muito altos segundo a nossa equipe técnica, e buscamos um reajuste para que a gente possa voltar a avançar na manutenção dos campeonatos e atividades”.