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A provocação não só faz parte do MMA, como é fator de desequilíbrio. Num duelo entre dois atletas de níveis físico e técnico iguais, leva vantagem aquele que tiver o emocional mais forte. Autor do best-seller “Poder e Manipulação – Como Entender o Mundo em 20 Lições Extraídas de ‘O Príncipe’, de Maquiavel”, o gaúcho Jacob Petry explicou como o fator mental pode ser o fiel da balança em um combate.

“Um dos segredos da luta é compreender que, além da força física, ela é um jogo mental e que as chances de vencer serão muito pequenas se o lutador não compreender as regras desse jogo. Mas o que é compreender as regras desse jogo mental? Falando de uma maneira geral, é conhecer o adversário melhor até mesmo do que ele se conhece, e usar esse conhecimento para manipular as ações dele a nosso favor.”, sugere.

“Quanto maior for a nossa compreensão desse jogo, menos surpresas, frustrações e desapontamentos teremos. Quanto melhor conhecermos o adversário, quanto mais entendermos suas capacidades, suas aspirações, seus pontos fortes e fracos, seus truques e motivações, mais preparados estaremos para desestabilizá-lo mental e emocionalmente.”, conclui Jacob Petry.

O especialista explica que, para ter uma vantagem no embate mental, o lutador deve estudar a fundo as características comportamentais do adversário para encontrar suas fraquezas, fazê-lo confundir as próprias forças e se tornar uma presa fácil durante o duelo.

“A mente do grande lutador é um radar que consegue ler e interpretar o oponente nos mínimos detalhes”, frisa. “Uma mente confusa em relação ao oponente se torna retraída e sempre tenta se agarrar a algo que lhe dê segurança ou proteção. Sendo assim, o grande lutador empenha-se ao máximo para desenvolver uma profunda compreensão de quem é seu oponente e quais as circunstâncias dele no momento da luta.”