Brasileira se destaca em torneios de Jiu-Jitsu e fala de sua paixão pelo esporte; veja
Por: Redação
Publicada: 02/04/2019 - 13:43
Salua Borges é, hoje, uma das principais lutadoras brasileiras de sua categoria. A paulista começou no Jiu-Jitsu com 13 anos e, após uma pausa para se dedicar aos estudos e ao trabalho, viu sua vida mudar completamente desde que passou a se dedicar integralmente ao esporte.
“Hoje o Jiu-Jitsu é minha vida, os treinamentos absorvem quase todo meu dia, amo competir”, contou a lutadora, que tem dezenas de títulos nacionais e internacionais, entre eles o bicampeonato Brasileiro, Sul-Americano, vice Mundial, Mundial Master, Pan-Americano entre outros.
Atualmente, Salua Borges se dedica às competições de Jiu-Jitsu. Integrante da equipe Zenith, liderada pelo casca-grossa Robert Drysdale, está treinando nos Estados Unidos.
Conheça mais sobre a história da lutadora:
– Início no Jiu-Jitsu
Eu iniciei no Jiu-Jitsu através de um amigo, o Wilson Reis (que hoje é lutador do UFC) e nós fazíamos Judô juntos há três anos, e toda vez que nós fazíamos a parte do chão do Judô, ele sempre tinha mais finalizações, mais movimentação, e um dia eu cheguei para perguntar o que era aquilo, e ele me disse: ‘isso é Jiu-Jitsu’. Eu disse que queria aquilo para mim (risos). Ele me levou para uma academia, iniciei meus treinamentos em São Paulo e fiquei por lá durante quatro anos. Em pouco tempo eu me apaixonei e a competir. Minha maior dificuldade era absorver tudo o que eu queria e executar. Eu apanhei muito no início (risos), porque eu ainda era juvenil e tinham mais adultos na academia, o que me ajudou muito na questão da experiência.
– A importância do Jiu-Jitsu
O Jiu-Jitsu trouxe para mim uma autoconfiança, força de vontade de emagrecer, o amor próprio e devolveu a minha vida, devolveu o meu corpo. O Jiu-Jitsu proporciona isso para as pessoas. Eu cheguei a perder 26kg desde que voltei ao Jiu-Jitsu, mas é importante frisar que o Jiu-Jitsu melhorou minha aparência física, minha disposição. É o simples fato de que com 100kg, eu não conseguia correr no parque com o meu filho, então isso é algo que realmente mudou, porque nesses 15 anos, eu montei uma vida profissional. Trabalhei em grandes empresas, em multinacionais, e eu abri mão de tudo pelo Jiu-Jitsu.
– Crescimento do Jiu-Jitsu feminino
O Jiu-Jitsu feminino tem mais força atualmente. Sinto que as mulheres estão mais unidas. Existem mais mulheres praticando e competindo o esporte em relação à época que comecei e vejo que estão proporcionando lutas cada vez melhores. O apoio e incentivo melhoraram, só que ainda existem muitas competições que pagam mais para os homens do que para as mulheres, e isso é algo que estamos tentando ‘driblar’ para que nós possamos receber o mesmo e já existe isso em alguns campeonatos.