Caio Ferreira usa episódio marcante na infância para emponderar mulheres através do Jiu-Jitsu
Por: Redação
Publicada: 16/10/2025 - 12:29

Cada vez mais mulheres estão encontrando no Jiu-Jitsu não apenas uma forma de atividade física, mas também um caminho para autoconfiança e defesa pessoal. A arte suave, tradicionalmente dominada por homens, tem atraído um público feminino crescente que busca não só aprender técnicas de luta, assim como desenvolver força emocional e mental diante dos desafios do dia a dia.
A praticante Renata Vila Verde é um exemplo de como o Jiu-Jitsu pode transformar vidas. “Eu caí nesse tatame por acaso, pois uns amigos me desafiaram a fazer uma aula. Eu achava que não era pra mim, mas fiz a aula experimental e vi que precisava disso. Depois que comecei, me apaixonei e não larguei mais”, conta. E o que começou como curiosidade, acabou se tornando um novo estilo de vida.
Mais do que golpes e posições, as aulas oferecem um aprendizado sobre autoconfiança e percepção do ambiente. “Elas vão aprendendo a ter um olhar mais crítico das coisas, a se posicionar melhor em certas situações e a usar movimentos que podem auxiliar em casos de uma possível agressão”, explicou o professor Caio Felipe Ferreira, faixa-preta da Gracie Barra.
Caio começou a treinar ainda criança, e aos 11 anos, foi motivado por uma experiência marcante. “Vi uma amiga da família ser agredida, e aquilo me marcou profundamente. Entendi desde cedo que o Jiu-Jitsu poderia ser uma ferramenta para proteger e fortalecer as pessoas”, relembra. Hoje, ele é um dos instrutores mais procurados no Brasil e Estados Unidos quando o assunto é defesa pessoal feminina.
Segundo o professor, conforme as alunas evoluem, não apenas dominam as técnicas, porém também mudam a postura, a forma de se comunicar e até o estilo de vida: “Elas ganham confiança, aprendem a se impor e passam a enxergar o mundo de maneira diferente. O Jiu-Jitsu vai muito além do tatame”.
O impacto da modalidade é global. As técnicas brasileiras atravessaram fronteiras, conquistando cada vez mais mulheres ao redor do mundo – inclusive personalidades conhecidas. A filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma delas e já ostenta a faixa-azul, exemplo de como o Jiu-Jitsu vem quebrando barreiras culturais e inspirando mulheres de diferentes origens.
O tema é urgente. Somente até setembro deste ano, mais de 35 mil mulheres foram vítimas de algum tipo de violência no Rio de Janeiro, sendo metade delas casos de agressão física, segundo dados divulgados no programa Balanço Geral RJ. Nesse contexto, o Jiu-Jitsu surge não apenas como um esporte, mas como uma ferramenta de autodefesa.