Campeão absoluto no Pan No-Gi, faixa-marrom João Costa supera lesão no peito para faturar o tricampeonato

Publicada: 27/05/2021 - 19:51


João Costa faturou peso e absoluto na disputa do Pan No-Gi de Jiu-Jitsu (Foto reprodução)

João Costa, atualmente com 27 anos, precisou superar a dor de uma lesão no peito quando fazia a segunda luta do absoluto durante o Pan No-Gi, encerrado no último fim de semana, em Dallas, no Texas (EUA). O faixa-marrom, pupilo de Roberto Cyborg, ainda teria outros dois combates para perseguir o ouro, e não desistiu.

“Estirei o peito esquerdo no meio da luta. Doeu, mas continuei firme até o final. Era minha segunda luta no absoluto, mas eu vinha de uma sequência de quatro lutas antes, por conta de ter vencido a divisão peso pesado. Fiquei muito mais forte mentalmente depois de superar esse desafio e, nas lutas restantes, venci com garra, inteligência e disposição”, relatou João, natural de Campinas, São Paulo.

Na final do absoluto, em luta que decidiu o melhor faixa-marrom do torneio, João contou como foi vencer o rival Adam Bradley (Atos) pela segunda vez, já que o havia enfrentado na decisão do Pan No-Gi 2020. Em sua visão, foi a disputa mais marcante entre as sete que ele fez no dia.

“Pelo fato de eu ter lutado com o mesmo adversário no Pan No-Gi do ano passado, foi a que mais me marcou, pois eu já conhecia meu oponente e sabia que ia ser uma luta dura. O fato dele ficar falando na internet também me deixou com mais vontade de vencer. Eu não gosto desse tipo de coisa, sempre respeitei todos os meus adversários, mas com ele foi um pouco diferente. Por causa dessa rivalidade se criou uma energia muito boa durante a luta, onde estavam todos gritando e vibrando das duas equipes”, comentou João, agora tricampeão pan-americano sem quimono pela IBJJF.

O campeão também revelou os pontos fortes do seu jogo, que é aprimorado ao lado dos atletas de elite da Fight Sports em Miami, na Flórida (EUA). O segredo? Quedas precisas e um bom jogo de passagem de guarda: “Eu gosto de trocar queda em pé, sinto que meu Wrestling está bem afiado, mas também gosto de passar. E se precisar fazer guarda, estou pronto! A galera treina muito forte aqui e sinto que estou evoluindo a cada treino. Estou animado para o futuro”, disse, revelando a maior lição que aprendeu com Roberto Cyborg.

“Uma das lições mais importantes foi sobre mentalidade. Ele é a pessoa mais forte mentalmente que eu já conheci. Isso fez toda a diferença na minha carreira. O jeito de encarar a vida, o jeito de superar uma lesão… O que está feito, está feito, não adianta ficar chorando, o importante é continuar trabalhando do jeito que dá”.

Antes de encerrar, João, que pratica Jiu-Jitsu há sete anos, analisou o brilho que as lutas sem quimono ganharam nos dois últimos anos. Para ele, no futuro, a disputa sem o pano pode ter mais visibilidade do que os duelos com quimono. “Eu não acho que o quimono irá perder seu brilho, mas com certeza, o sem quimono está em alta. As disputas estão crescendo cada vez mais, então sim, é uma possibilidade (ter mais brilho do que as disputas de quimono) daqui alguns anos”, concluiu o faixa-marrom.

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