Campeão do Jungle Fight, Willian Colorado ganha chance no ‘Contender Series’ e faz projeção ousada: ‘Em sete lutas serei campeão do UFC’

Publicada: 13/04/2022 - 13:47


Colorado fez história no Jungle Fight e agora promete fazer o mesmo no UFC (Foto: Divulgação)

Campeão peso-galo do Jungle Fight, Willian Colorado, que também havia sido campeão dos penas da organização, vai lutar no “Dana White’s Contender Series” por um contrato com o UFC. O compromisso será no dia 26 de julho, em Las Vegas, contra o afegão Farid Basharat. Dono de uma confiança ímpar, o sergipano de São Cristóvão já faz até conta para chegar ao título do maior evento de MMA do mundo.

“O campeão peso-galo (atualmente Aljamain Sterling) já pode se cuidar, porque eu estou chegando. O pai aqui vai tocar o terror na divisão. E já vou dizer em quantas lutas eu vou ser campeão do UFC: em sete lutas”, projeta. “Vou levar o caos para a divisão peso-galo. Para mim é uma guerra. Acho que eu nasci na era errada, era para eu ter nascido na era medieval, quando só saía um vivo da arena. É assim que eu me sinto quando eu entro no octógono”.

Aos 25 anos de idade, Colorado possui um cartel de 11 vitórias e apenas um resultado negativo, obtido justamente em sua estreia no MMA profissional, em 2017. De lá para cá, o lutador da Team Figueiredo não tomou conhecimento dos oponentes e venceu todos por via rápida. O mais recente foi Pacceli Afonso, nocauteado no segundo round em luta que valeu o cinturão peso-galo do Jungle Fight, no último dia 27.

“Nem fiquei surpreso com essa oportunidade, e tenho certeza que a galera que me acompanha também não ficou, porque, pelo que venho fazendo no MMA… são 11 vitórias consecutivas, nenhuma luta nas mãos dos juízes, nove nocautes e duas finalizações… ninguém nunca passou do segundo round comigo. Eu sou uma máquina. Já estava na hora de eu lutar contra os melhores do mundo, porque contra os do Brasil eu já lutei. Vou adorar bater nesses gringos e ganhar muita grana com isso”, almeja.

Invicto no MMA, Farid Basharat venceu todas as sete lutas que disputou, a maioria delas por finalização. Apesar desse histórico, Willian Colorado minimiza o desafio.

“A única coisa que eu sei é que ele está morto. Ele nunca enfrentou um psicopata como eu, que não tem nada a perder. Eu entro no octógono para lutar, estou pouco me lixando para os pontos, eu quero a cabeça dele numa bandeja, É isso que importa. E é isso que vai acontecer. Quando eu chegar naquela pesagem, eu vou tocar tanto terror nele, vou falar o que vou fazer com ele e ele vai ficar assombrado; isso vai corroer ele por dentro até a hora que eu nocauteá-lo. E vai ser um nocaute brutal”, promete.

Antes de se tornar lutador, Willian Colorado tentou carreira no futebol, mas não teve condições financeiras de seguir em frente devido aos altos custos de viagens que precisava fazer. Para se manter, ele já fez um pouco de tudo: vendeu sorvete, entregou água, marmita, remendou pneus e consertou motos. As coisas melhoraram um pouco quando ele passou a dar aulas de jiu-jitsu, muay thai e MMA.

Antes da consagração no Jungle Fight, ele pensou em desistir, mas foi impedido por um apoiador que se tornou amigo. Dono de uma pequena empresa prestadora de serviços de manutenção e segurança especializada em condomínio, Anderson Barreto destina parte do que recebe para reformar quadras esportivas e dar assistência a jovens atletas locais. Graças a ele, Colorado reavaliou a aposentadoria precoce e agora vai poder representar o Brasil todo no maior palco de MMA do mundo.

“Sou um microempreendedor simples, também vim de baixo e sei da importância de se apoiar jovens sonhadores. Eu vi potencial no Colorado logo que o conheci. Quando ele pensou em desistir, eu também estava apertado na época, mas deixei de cumprir alguns compromissos para impedi-lo dessa loucura. Eu sei que ele tem potencial para ser um grande campeão, para fazer história no UFC”, acredita o dono da ANC Serviços.

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