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* Arcângelo “Anjo” Oliveira, com seus 27 anos de idade e origem na vibrante cidade de Manaus, Amazonas, é a mais recente sensação no cenário do MMA nacional. Depois de conquistar o cinturão meio-médio do Jungle Fight, em maio, o lutador desceu de categoria e, no fim de agosto, derrotou Lucas Campos por decisão unânime para faturar o título peso-leve, se tornando campeão duplo da selva das artes marciais mistas.

A conquista representou não só uma mudança de patamar na carreira, mas de vida para o lutador amazonense, que em entrevista à TATAME, relembrou seu início no MMA, além de comentar o que ser campeão duplo do Jungle Fight significa para ele.

“Está sendo maravilhoso, mágico (ser campeão duplo), e ter esse reconhecimento não só da mídia, mas também do meu povo mesmo em geral, isso é muito bom. A gente se torna referência, as pessoas esperam coisas boas de você, pelo menos comigo é assim, e quero seguir semeando essa energia”, disse Arcângelo, que prosseguiu:

“Sou um cara de família humilde, nunca tive apoio ou patrocínio, corri muito atrás, mas agora campeão duplo do Jungle Fight, muita coisa mudou, fortaleceu. Ainda não posso dar o conforto que eu quero para a minha família, mas vou chegar lá. Além dela, eu luto pelo meu povo. Como diz Ayrton Senna: ‘Enquanto uns pegam desculpas para parar, outros pegam as dificuldades e batem recordes. Faça isso e vá atrás da sua melhor versão’. Acredito nisso”.

Arcângelo Oliveira traz consigo uma história simples, tendo crescido em uma família sem privilégios e sem apoio financeiro ou patrocínio significativo na luta. No entanto, a falta de recursos não o impediu de perseguir seus sonhos. O Jungle Fight foi o palco onde Arcângelo se destacou. Com uma série de três vitórias impressionantes, ele se tornou campeão duplo do evento, solidificando sua posição como um dos melhores competidores em duas categorias de peso distintas.

“O Arcângelo é um cara muito focado, guerreiro, determinado, clemente a Deus, na crença que tem, e que se botar uma coisa na cabeça, vai até o final. Eu falei que ia chegar lá e cheguei”, analisou ele.

“Eu estava com uma lesão no joelho que até então pra gente era um tumor. Mas cheguei em São Paulo, a gente acabou indo numa UPA, bem simples, mas onde me atenderam super bem. Porém, eu não conseguia andar direito, me mexer, então tive que mudar o meu jogo, mas graças a Deus deu tudo certo. Sabia que precisava levar a luta para o chão, me manter vivo, esconder o machucado, lutar primeiro com a cabeça, depois com o coração. E deu tudo certo”, complementou.

Dono de um cartel com dez vitórias e quatro derrotas no MMA profissional, mas vindo de três triunfos seguidos e atual campeão duplo do Jungle Fight, Arcângelo agora sonha com passos maiores na carreira. Porém, mesmo em meio ao seu bom momento, mantém os pés no chão. Segundo ele, além de ser um grande campeão, espera ser um grande representante do Amazonas e inspiração para os jovens.

• * Matéria em colaboração com Raphael Tavares