‘Cartas Ao Meu Pai’: Em documentário, Rayron Gracie lê as cartas que escreveu para Ryan após sua morte

Publicada: 05/02/2021 - 11:29


Quando Ryan Gracie faleceu, no final de 2007, seu único filho tinha acabado de completar seis anos de idade. Hoje, aos 19, Rayron é um grande orgulho da família. Recém-graduado faixa-roxa, ele foi campeão mundial de Jiu-Jitsu na faixa-azul e atualmente é instrutor da renomada academia de Renzo em Nova York. Cada passo dado por ele foi contado ao pai através de cartas escritas ao longo dos anos. Agora, essas cartas foram abertas no documentário “Letters To My Father” (“Cartas Ao Meu Pai”, em português), lançado no último dia 29 no Youtube, com legendas em português. 

Dirigido por Allen Alcântara, o emocionante documentário em primeira pessoa retrata as lembranças que Rayron tem dos momentos vividos com o pai. Em um monólogo, o faixa-roxa lê o que gostaria de dizer pessoalmente a Ryan, como a falta e o orgulho que sente dele; as conquistas pessoais, como o momento em que se apaixonou pelo Jiu-Jitsu, as graduações de faixa, o título mundial e até mesmo a vez em que usou uma queda característica do pai para vencer uma luta. O filme, de aproximadamente 30 minutos, é recheado de vídeos antigos gravados pelo próprio Ryan.

“Desde que tive acesso a essas filmagens do meu pai, eu tenho vontade de fazer esse projeto. Para mim é algo muito especial e tenho certeza que muitos irão se identificar com essa história”, revela Rayron. “Meu pai dizia desde muito novo que tinha certeza que iria partir para outro plano aos 33 anos, parecia que ele realmente sabia. Não sei se foi esse o motivo, mas acredito que isso o fez criar uma vontade de eternizar esses momentos. Ele viajava para todos os lugares com uma pequena câmara com a qual registrou imagens realmente incríveis. Vocês podem assistir algumas delas que escolhi com muito carinho no documentário.”

Em “Cartas Ao Meu Pai”, Rayron também lembra com detalhes do dia em que soube da morte de Ryan, revela a demora para a incorporar o espírito do Jiu-Jitsu, reconhece a pressão que recebe por ser um Gracie e explica como canalizou a saudade do pai para construir seu próprio legado. 

“Como digo no documentário, ‘apesar de achar a maioria das respostas para as minhas perguntas no tatame, existem algumas que somente o meu pai pode responder’, e é por isso que escrevo cartas. Dessa maneira me comunico com o meu pai e com aquele garoto que brincava com ele na sala de casa. No processo do documentário senti muita saudade dele e fiz o mesmo que venho fazendo há 13 anos: escrevi algumas cartas para colocar a conversa em dia”, destaca o lutador. 

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