CBBoxe revela planos para manter o Brasil no protagonismo da modalidade nas Olimpíadas de Paris 2024 e Los Angeles 2028

Publicada: 13/09/2021 - 11:39


Ao lado do Skate, o Boxe foi a modalidade que mais rendeu medalhas ao Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, com o diferencial de ter conquistado uma de ouro, através de Hebert Conceição. Somado aos resultados das Olimpíadas de Londres (2012) e Rio (2016), são sete medalhas olímpicas, o que coloca a nobre arte atrás apenas do Judô nesse período.

Na próxima semana, os lutadores que representaram o Brasil em Tóquio retornam ao Centro de Treinamento da CBBoxe (Confederação Brasileira de Boxe), localizado no Clube Escola Joerg Bruder, em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, para darem início à preparação visando os Jogos de Paris em 2024.

De acordo com o Presidente da CBBoxe, Marcos Cândido de Brito, a expectativa é que a base do time brasileiro que vai a Paris seja a mesma que esteve em Tóquio, tendo em vista a pouca idade dos atletas. Entretanto, o plantel da seleção permanente foi ampliado para 36 lutadores, 12 a mais que o do último ciclo. A ideia é visar além de 2024.

“Estamos trabalhando mais as categorias de base, o juvenil está tendo uma atenção maior, estamos trazendo os atletas entre 16 e 18 anos com mais frequência para treinarem juntos com os da elite visando as competições do ano que vem. Assim, preparamos talentos não apenas para 2024, mas para os Jogos de 2028 também”, explica o mandatário.

Confederação Brasileira de Boxe já traça planos para os próximos ciclos olímpicos (Foto: Divulgação)

Os medalhistas em Tóquio foram Hebert Conceição, 23 anos; Beatriz Ferreira, 28; e Abner Teixeira, 25. Desses, apenas Bia era “certeza” de medalha, já que a equipe masculina, muito jovem, estava sendo preparada para Paris 2024. A seleção ainda contou com Keno Marley, 21; Wanderson “Shuga” Oliveira, 24; Jucielen Romeu, 25; e Graziele de Jesus, 30.

“São atletas jovens, mas com a experiência de terem lutado nas mais difíceis competições internacionais, o que faz eles se desenvolverem técnica e taticamente. A projeção é que o resultado de Paris seja melhor que o de Tóquio. Além desses atletas que vão chegar com mais experiência, os da base estão pedindo passagem”, acredita o presidente.

Os planos da CBBoxe são ambiciosos e não se resumem apenas ao topo da pirâmide. Marcos Cândido de Brito conta que existe um grande projeto, que visa abrir centros de treinamentos espalhados pelas regiões do Brasil para dar condições a projetos sociais para que desenvolvam um trabalho ainda melhor de formação de base.

“A maioria dos atletas da seleção vêm de projetos sociais. Nossa ideia é dar uma estrutura digna a esses projetos, com espaço, equipamentos e também atualizando os treinadores e fazendo com que esses jovens cheguem à seleção ainda melhores preparados. Estamos conversando com possíveis parceiros para colocar em prática”, revela o dirigente.

A estrutura serviria não apenas para treinamentos, mas também para a realização competições regionais, já que atualmente existe uma escassez de eventos para a quantidade de talentos que precisam ganhar experiência em disputas dentro dos ringues, para que a adaptação nos grandes palcos seja mais fácil.

“Basicamente os atletas só participam de competições quando a gente faz, e isso acaba não dando ao jovem que está começando um desenvolvimento e uma condição técnica e tática necessária, e ele acaba chegando praticamente cru na seleção. Vamos criar um grupo de arbitragem grande para dar condições de regulamento a esses eventos”, explica.

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