Com grande premiação, maior torneio de luta agarrada do mundo rola neste fim de semana
Por: Redação
Publicada: 28/09/2019 - 11:16
Considerado o maior torneio de luta agarrada do mundo, o ADCC 2019 será realizado neste final de semana (dias 28 e 29), em Anaheim, na Califórnia (EUA). Alguns dos principais nomes do Jiu-Jitsu estão confirmados na busca pela glória e a grande premiação em dinheiro, o que promete confrontos empolgantes no masculino faixa-preta (categorias até 66kg, 77kg, 88kg, 99kg, acima de 99kg e absoluto) e no feminino faixa-preta (categoria até 60kg e acima de 60kg).
Além disso, no domingo (29), último dia do show, acontece a já tradicional superluta do ADCC. Vencedor da última superluta ao derrotar Cláudio Calasans, o tricampeão André Galvão defenderá seu posto diante de Felipe Preguiça, que brilhou na edição de 2017 ao faturar a medalha de ouro no absoluto. Nos dois dias o evento tem início previsto para às 14h (de Brasília).
Para a edição de 2019 do ADCC – que é realizado de dois em dois anos -, a expectativa é enorme para as disputas. No masculino, Paulo Miyao, Augusto Tanquinho, Pablo Mantovani, Gianni Grippo, Bruno Frazzato, Kennedy Maciel, Servio Tulio, Lucas Lepri, Renato Canuto, Edwin Najmi, DJ Jackson, Celsinho Venicius, Garry Tonon, Adam Wardzinski, Craig Jones, Gabriel Arges, Tim Spriggs, Vinny “Pezão”, Patrick Gaudio, Lucas Hulk, Marcus Buchecha, Antonio Braga Neto, Yuri Simões, Roberto Cyborg, Kaynan Duarte, Mahamed Aly e Max Gimenis são alguns dos nomes de destaque nas disputas envolvendo as categorias e o absoluto.
Entre as mulheres, na categoria até 60kg, Bia Mesquita é uma das grandes favoritas ao título, mas nomes como Bia Basílio, Ffion Davies e Catherine Perret prometem complicar a vida da casca-grossa da Gracie Humaitá. Na divisão acima de 60kg, Gabi Garcia buscará um feito histórico e, caso seja campeã, se tornará a primeira mulher a ter quatro títulos no ADCC, igualando o feito de Marcelinho Garcia entre os homens. No entanto, Carina Santi, Jessica Flowers, Tayane Porfírio, Nathiely Jesus – campeã mundial ouro duplo em 2019 – e Ana Carolina Vieira são outras grandes candidatas à medalha cobiçada dourada.
Última edição
Realizado de dois em dois anos, o ADCC teve sua última edição em 2017, na distante Helsinque, na Finlândia. Nomes conhecidos do evento e caras novas chegaram ao lugar mais alto do pódio.
No masculino, nas disputas por categoria, Rubens Charles Cobrinha, JT Torres, Gordon Ryan, Yuri Simões e Marcus Buchecha foram os campeões em seus pesos. No feminino, Bia Mesquita e Gabi Garcia conquistaram o título, enquanto no absoluto, Felipe Preguiça derrotou Gordon Ryan para ficar com o ouro.
Regras e formato
No sistema do ADCC, algumas regras são diferentes das competições mais tradicionais do Jiu-Jitsu. Por exemplo, nas disputas da fase eliminatória, o duelo tem duração de 10 minutos, sendo que na primeira metade, os pontos não são registrados e somente finalizações são levadas em consideração. Após cinco minutos de luta, os pontos começam a ser contabilizados e caso nenhum dos lutadores consiga finalizar, será declarado vencedor aquele que acumular mais pontos. Caso a luta termine em igualdade, é acrescido um tempo extra de cinco minutos e, em situação de novo empate, mais cinco minutos de prorrogação. Permanecendo o empate, o vencedor é escolhido de acordo com a combatividade.
Na fase final, como ocorre na fase eliminatória, na primeira metade do confronto, não são considerados os pontos. Todavia, na fase em questão, a duração das lutas é de 20 minutos, com 10 minutos de duas prorrogações, caso seja necessário. Também como na fase anterior, em situação de empate após duas prorrogações, o vencedor é escolhido de acordo com a combatividade durante o duelo.
A respeito das técnicas permitidas, são citadas qualquer tipo de queda, qualquer tipo de estrangulamento – com exceção de usar a mão para interromper a respiração -, qualquer chave de ombro, braço e pulso, além de qualquer chave de perna, tornozelo e calcanhar. Por outro lado, não são permitidos golpes traumáticos, assim como dedo nos olhos, agarramento ou puxão de orelhas. O golpe bate-estaca é permitido somente em situações de defesa de submissão como em uma defesa de triângulo, por exemplo.
Pontuação:
2 pontos
Posição de montada, joelho na barriga, raspagem ou inversão (caindo na guarda ou meia guarda) e quedas (terminando na guarda ou meia guarda)
3 pontos
Pegadas de costas com ganchos e passagem de guarda
4 pontos
Raspagem ou inversão limpa (passando a guarda) e queda limpa (terminando fora da guarda)
Vale ressaltar que não existem pontuações acumulativas como, por exemplo, passagem de guarda direto para a montada. Nessa situação, serão assinalados somente os pontos da passagem de guarda
Negativa (penalidades)
-1 ponto
Puxar ou pular na guarda, recuar (fugir da luta), ir para fora da área da luta (intencionalmente) e falta de combatividade