Com lutadores brasileiros em ação, Mundial de Grappling tem início nesta quinta-feira
Por: Redação
Publicada: 06/09/2018 - 11:23
Por Diogo Santarém
Marcado para acontecer entre os dias 6 e 9 de setembro, em Astana, no Cazaquistão, o Campeonato Mundial de Grappling, organizado pela United World Wrestling (UWW), é um evento de marca internacional que reúne disputas com e sem quimono, divididas em categorias de peso. Além disso, em 2018, coloca russos, americanos, brasileiros e atletas de outros países, como o anfitrião, em duelos eliminatórios. Para a edição atual, o Brasil conta com a presença de peso dos irmãos Paulo e João Miyao, estrelas do Jiu-Jitsu e donos de dezenas de títulos na arte suave.
Além de João e Paulo, que competem nas divisões até 62kg e 66kg, Gi e No-Gi, respectivamente, o Brasil também está representando pela faixa-preta Caroline de Lazzer Cardoso, que entre as mulheres, vai competir na categoria acima de 71kg. Ao todo, 23 países diferentes vão marcar presença no torneio.
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Pouco conhecido entre o público que é fã da luta agarrada, o Mundial de Grappling conta com bons atletas de países da Europa e da Ásia Central. As regras do torneio são muito semelhantes às que você encontra na maioria dos torneios da modalidade, no entanto, com algumas pequenas diferenças. Possivelmente, a maior delas é que os ataques na perna não são penalizados. Com isso, golpes como chave de joelho, chave de pé, entre outros, são permitidos, apenas com a chave de calcanhar proibida.
Marcos Santa Cruz fala sobre o Mundial
Com uma história repleta de grandes feitos e títulos no Jiu-Jitsu e no MMA, Marcos Santa Cruz hoje se dedica a espalhar seu conhecimento pelo mundo e, ao receber o convite para ensinar luta agarrada em Abu Dhabi, sua vida mudou. O experiente faixa-preta passou a dar aulas de Jiu-Jitsu e Wrestling na capital dos Emirados Árabes, tornando-se referência.
Além da conquista de inúmeros torneios da UAEJJF, “Marcão” segue diretamente envolvido com as artes marciais. Fora dos tatames, Santa Cruz vem rodando o mundo para divulgar, através da sua experiência, o grappling. Tal trabalho o levou também para uma área mais política e, recentemente, o brasileiro passou a estar envolvido diretamente na Federação Internacional de Grappling, que vem com planos ambiciosos para a evolução da modalidade, inclusive com a intenção de organizar um Mundial no Brasil.
“Esse ano, o Cazaquistão vem realizando os maiores torneios de grappling do mundo, como o Asiático e o Mundial. Eles vêm dando muito apoio ao esporte. Nos Estados Unidos, o National de grappling vem sendo muito disputado, já vem forte há alguns anos com o NAGA, Grappling Quest e o Arnold Classic. Aqui no Brasil, ano passado, tive algumas reuniões com o Ministro dos Esportes, junto com Rogério Sampaio e as deputadas federais Maria Helena e Laura Carneiro, para que possamos realizar o Campeonato Mundial de Grappling, em 2019, no Brasil”, disse o experiente faixa-preta em entrevista.
“A estrutura vem acompanhando o padrão da Copa do Mundo de Wrestling, um verdadeiro show! As regras, basicamente, se assemelham muito com o nosso Jiu-Jitsu, sendo que se você puxar para a guarda, tem 30 segundos para raspar ou pegar, se isso não acontecer, fica como se você estivesse fugindo da luta em pé, e aí você toma dois pontos de punição”.
Campeão mundial de grappling em 2009 pela seleção brasileira e hoje membro do Comitê Internacional, “Marcão” encerrou citando a sua expectativa para o evento: “Estamos trabalhando há alguns anos para chegar nesse patamar, então temos grandes expectativas e esperamos que seja um grande show. Nosso objetivo final é a inclusão do grappling nos Jogos Olímpicos dos Estados Unidos ou França. Com isso, termos a tão sonhada oportunidade de ver nossos atletas do Jiu-Jitsu lutando nas Olimpíadas”.
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