Com uma vida dedicada ao Jiu-Jitsu, Moises Muradi analisa evolução da modalidade
Por: Redação
Publicada: 02/08/2022 - 12:42
Faixa-coral de Jiu-Jitsu e presidente da CBJJE, o casca-grossa Moises Muradi é um dos nomes mais importantes da história do Jiu-Jitsu paulista e brasileiro. Grande responsável pelo desenvolvimento da arte suave em São Paulo, Moises começou no esporte em 1976, treinando com o GM Oslando Saraiva.
Um ano depois, Moises Muradi participou e venceu seu primeiro campeonato, dando sequência a uma longa lista de títulos que culminaram na sua graduação à faixa-preta em 1985.
O próximo passo da sua jornada aconteceu em 1989 quando, junto dos irmãos, fundou a Lótus Club Jiu-Jitsu, uma das academias mais tradicionais do país. Dois anos depois surgiu a Federação Paulista de Jiu-Jitsu, em uma reunião de diferentes mestres veteranos.
Em 1993, o Jiu-Jitsu deu um salto em divulgação e reconhecimento com as vitórias de Royce Gracie no UFC. No mesmo ano, aconteceu a primeira reunião para a criação da CBJJ.
Atuando mais como professor e gestor, Moises Muradi seguiu se dedicando à arte suave com o passar do tempo, chegando a realizar 30 eventos por ano no Brasil. Em 2007, fundou a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo, e vem atuando à frente da organização em busca do desenvolvimento do esporte.
“Sempre apoiei a criação de importantes entidades. Na CBJJ, a primeira reunião de formação foi na minha academia Lótus, em São Paulo, no início da década de 90. O mestre Nahun convidou Robson Gracie, mestre Mansur, Carlinhos Gracie e eu, pois na época eu comandava a Federação Paulista de Jiu-Jitsu, entidade que mais eventos fazia no Brasil. Anos depois, a CBJJE foi fundada por mim e um grupo de mestres que necessitavam de uma entidade mais democrática, que atendesse todo o público do Jiu-Jitsu, com inclusão de grandes equipes, de projetos sociais, e de orientação e formação profissional aos professores”, disse o faixa-coral oitavo grau, que analisou o desenvolvimento do Jiu-Jitsu desde a fundação da CBJJE:
“O Jiu-Jitsu teve uma ascensão meteórica nos últimos 15 anos, isso pelo sucesso da arte marcial, que além de eficiente, se torna um estilo de vida para o praticante. A proposta da CBJJE é acompanhar essa evolução, mas mantendo a tradição do esporte”, completou.
Atualmente aos 57 anos, Moises Muradi continua estudando e aprendendo, e em 2021 visitou inúmeras academias nos Estados Unidos em um intercâmbio com seus professores para entender as necessidades futurísticas da modalidade. Sobre seus grandes objetivos, ele respondeu:
“Como educador, formador de caráter e líder de uma entidade, quero reforçar a linhagem que os antigos mestres deixaram. Ter o Jiu-Jitsu como um alicerce de vida, um estilo de pensamento e ação que estimula uma vida mais natural, de sensibilidade. Saber que a vivência, a experiência neste mundo material é a escola perfeita para buscarmos nossa evolução”, encerrou.