Contra a corrente, Future MMA mira sucesso em caminho oposto ao UFC

Publicada: 17/10/2019 - 13:21


Presidente do Future MMA comenta sobre caminhos da organização dentro do mercado esportivo (Foto: Divulgação)

Unindo MMA e tecnologia, o Future MMA já conquistou o público brasileiro como um dos mais proeminentes eventos da modalidade. Chegando à sua nona edição no próximo sábado, dia 19 de outubro, em São Paulo, o evento busca um novo passo em sua linha de inovação, e mais uma vez foge dos modelos tradicionais de eventos de MMA, como o UFC.

Uma dessas inovações será a mudança no sistema de votação. Já corriqueiro nas edições do Future, no qual as lutas são definidas em votação entre quatro atletas, o evento planeja montar seu 11° card com quase todo o card sem intermediários, deixando dispensável o uso de matchmakers. CEO do evento, Jorge Oliveira falou sobre a tão sonhada descentralização do Future, para colocar o evento de vez na vanguarda da interatividade no MMA.

“A descentralização do Future é para evitar as opiniões controversas. A partir do momento que começamos a ter um círculo de atletas ou academias que ficaram muito reincidentes no Future eu tive que reestruturar o sistema de votação. Teremos uma pré-votação antes da votação final. No modelo atual nós escolhemos quatro atletas que vão para o voto popular”, comentou.

Com o novo formato, a intenção, além de inovar na proximidade do público com as decisões do evento, visa também dar oportunidade para atletas com menor destaque no mercado, principalmente de praças menos badaladas fora do eixo Rio-São Paulo, a terem oportunidades de voos maiores.

“Nós trabalhamos com o Brasil inteiro, então a chance é igual para todos os estados. Em São Paulo o business é forte porque as academias e público fazem o trabalho em termos de votação, mas nos outros estados teremos a opção dessas outras praças escolherem os seus heróis, os seu melhores lutadores, para entrar em votação rumo ao Future. Os quatro mais bem votados de cada categoria, no Brasil todo, vão estar dentro. As academias passarão a serem cadastradas no aplicativo, e elas vão indicar os seus representantes para esta pré-seleção, no qual os quatro mais bem votados entram na decisão final do público. Vamos buscar atletas que não tiveram oportunidade de mostrar o seu valor, a sua vontade e o seu trabalho pela votação”, explicou.

O formato do Future MMA, atípico a grandes organizações, levanta curiosidades quanto ao rumo da companhia. Organizações de maior nome usam os casamentos de lutas e GPs para atraírem o público, enquanto o Future deixa na mão dos seus fãs a decisão de escolher os atletas. Para Jorge, existem outros caminhos rumo ao topo do mercado.

“Nosso modelo é único. Nós não estamos seguindo o caminho de organizações tradicionais, como o UFC. Nós estamos em caminhos opostos. Na cola do UFC temos outras organizações, como o Bellator, One, PFL e outros. Nós estamos pegando outro caminho, dando uma volta maior, talvez, mas o objetivo final é igual. Quando as grades se fecham a luta é igual, mas o business é totalmente diferente. Nosso formato mira em objetivos 100% digitais, no qual o público tem o poder e a responsabilidade de fazer um grande card. O fã de luta não vai querer votar numa luta que vai ser ruim. Se ele quer um show, tem que votar nos melhores, e essa educação virá junto com as edições futuras”, apontou

Future MMA reforça seu time de executivos

Consolidado no país como o evento que mais tem exportado atletas do para o mercado internacional, o Future MMA reforçou seu plantel executivo com profissionais de vasta experiência em suas respectivas áreas: para a vice-presidência comercial, a companhia anunciou Marcio Paglia, responsável pela expansão da TV paga no Brasil; na direção de produção entrou Lica Gimenez, especialista em organização de eventos.

“Nossas metas e objetivos traçados na concepção do Future, lá no final do ano passado, vêm sendo cumpridos e isso me deixa orgulhoso da equipe que faz o Future acontecer e cada vez mais motivado em trabalhar para fomentar o esporte em nosso país. Por isso trouxemos o Márcio e a Lica, profissionais de alta competência e comprometidos com o desafio de fazer o Future cada vez maior”, destacou Jorge Oliveira.

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