Curiosidade no nome, impacto no Jiu-Jitsu e apoio aos projetos sociais: os 50 anos da Prime Esportes

Publicada: 11/05/2021 - 16:34


Gustavo, presidente da Prime, em diversos momentos da sua trajetória (Arte: TATAME)

Quem é praticante de MMA ou Jiu-Jitsu certamente já viu, ouviu ou utilizou algum produto da Prime Esportes. Seja um quimono, vestuários ou, claro, algum dos quatro famosos tipos de tatame que a marca produz para o mercado nacional ou internacional. Em 2021, a empresa completa 50 anos e com algumas curiosidades que a cercam. Inicialmente, o nome era Haiti Tatames, mas por conta da internacionalização da marca, Gustavo Giovannone Travisani, presidente da empresa, resolveu mudar o nome no ano de 2010.

Fabiano Marinho, gerente de vendas e marketing, contou que o nome é, até então, um segredo, já que ninguém sabe o real significado. A ideia surgiu com a fundadora da empresa Emília Giovannone em 1971: “Depois de trabalhar muito tempo com esse nome Haiti Tatames, começou o crescimento do Jiu-Jitsu no mundo inteiro, aquele “boom” do MMA em 2010 e 2011, aí começamos a ter muitos pedidos de exportação. O nome Haiti não era muito sugestivo, o nome era de herança da avô, que nomeou a fábrica. Ninguém sabe o motivo dela escolher esse nome, um mistério que nem o Gustavo sabe, realmente é algo muito interessante. Viramos licenciados no UFC e como estávamos indo para os Estados Unidos vender, pensávamos que nós éramos do Haiti (país). Nem nos associavam com o Brasil. Daí, mudamos para Prime Esportes”, relembrou.

Falar do crescimento do Jiu-Jitsu – em especial no Brasil – é obrigatório falar da Prime. A empresa fabricava materiais de E.V.A e tinha a produção de peças automotivas, brinquedos, peças de segurança, entre outros itens. Mas, quando Gustavo começou a praticar Muay Thai, viu a dificuldade que as academias tinham de encontrar tatames, foi então que comprou o maquinário adequado para cortes e deu origem a produção. Antes, a marca repassava para distribuidoras, mas em 1997 resolveu vender para o consumidor final.

“A venda direta para o consumidor final teve um impacto muito grande nas academias e no crescimento do Jiu-Jitsu no Brasil. Era tudo muito caro, porque era importado ou através de distribuidora. Isso viabilizou o crescimento do Jiu-Jitsu. A própria Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) começou com os nossos tatames e as outras federações também foram comprando”, disse Fabiano, que atualmente orgulha-se de fazer parte da empresa que é a única no mundo a produzir quatro tipos de tatames: EVA, rolo, olímpico e lona.

Outro ponto de destaque nesses 50 anos de história são o apoio e suporte aos projetos sociais por todo o Brasil: “Hoje, em parceria com a LBV (Legião da Boa Vontade), temos 32 projetos sociais ativos, mas a empresa já ajudou, nesses 50 anos, mais de 200 projetos sociais. Ficamos felizes em poder ajudar”, destacou.

Com o impacto da pandemia do novo coronavírus, a Prime, assim como outras empresas, sentiu economicamente e precisou cortar funcionários. Fabiano relatou como a empresa vem se “adaptando” ao atual cenário: “Causou um impacto grande sim, não só para nós, mas para todas as empresas que temos relação. Uma redução bem grande. Aqui, no ano passado, mandamos pessoas embora, quase metade do nosso quadro de funcionários. Depois, fomos recontratamos os funcionários e recompondo o nosso quadro. A estrutura física segue a mesma, mas operamos com menos funcionários”, encerrou Fabiano Marinho.

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