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Faixa-coral e lenda do Jiu-Jitsu / MMA, sendo considerado por muitos o maior nome da família Gracie entre os lutadores, Rickson Gracie contou, em junho passado, que foi diagnosticado com a Doença de Parkinson há dois anos. A revelação aconteceu durante o podcast de Kyra Gracie, quando o filho de Helio Gracie disse que a doença, um distúrbio degenerativo crônico, afetou seu sistema motor, causando tremores nas mãos e diminuindo a capacidade de se movimentar.

“Há dois anos eu fui diagnosticado com Parkinson, então, muita coisa que eu gostaria de fazer fisicamente estou diminuindo. Para mim, não foi nada dramático (receber o diagnóstico da doença). Eu estou pronto para qualquer coisa na minha vida. Aceito os meus erros e as minhas vitórias. Eu aceito bem a minha vida, então eu estou feliz hoje. Mas essa deficiência neurológica abriu os meus olhos para a minha idade e para a minha realidade, que não mudou muito de lá para cá, mas tenho um certo tremor na mão, uma certa deficiência de movimentação, que antes eu não tinha”, disse Rickson Gracie, que completou:

“Deus me deu agora uma situação que eu tenho que transformar para o bem. E a reação que eu tenho mais importante hoje em dia na minha vida é expressar minha gratidão pelo Jiu-Jitsu, continuar trabalhando pelo Jiu-Jitsu para fortalecer as pessoas e transformar a maneira da prática para que seja mais acessível para as pessoas que mais precisam”.

CBD como opção de tratamento

Apesar de não falar sobre o seu tratamento, uma das opções para Rickson Gracie seria o uso do canabidiol (CBD), cada vez mais comum na medicina moderna e com eficiência comprovada em diversos tipos de doenças. Médica especialista no tema, a Dra. Vanessa Gil explicou como o CBD poderia auxiliar a lenda do Jiu-Jitsu no combate ao Parkinson.

“O CBD é um composto encontrado na cannabis que tem sido estudado por seus potenciais benefícios no tratamento de diversas patologias. Ele pode ajudar de várias maneiras: controlando os sintomas não motores – devido às suas propriedades antipsicóticas e ansiolíticas -, melhorando o sono, além de aliviando a ansiedade e a depressão frequentemente associadas à doença. É importante ressaltar, porém, que a pesquisa ainda está em estágios iniciais, e mais estudos clínicos são necessários para confirmar esses benefícios cientificamente”, disse Vanessa, continuando sobre alguma possível relação da doença com a prática de lutas:

“Não existe uma relação direta conhecida entre a prática de luta e o desenvolvimento da Doença de Parkinson. A causa da doença ainda não é completamente compreendida, mas fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante. Não há evidências científicas que sugiram que os lutadores estejam mais propensos a desenvolvê-la em comparação com a população em geral. Ela afeta principalmente pessoas acima de 65 anos e causa problemas como movimentos lentos, tremores, rigidez e também pode afetar o humor e o sono”.

Por fim, a médica deu dicas de como prevenir o Parkinson, seguindo o verdadeiro estilo Gracie de vida: “A prevenção da Doença de Parkinson envolve principalmente a manutenção de um estilo de vida saudável. Isso inclui uma dieta equilibrada, exercícios regulares, a minimização da exposição a toxinas ambientais sempre que possível e o cuidado com a saúde geral, como o próprio Rickson Gracie diz. Além disso, é importante que os lutadores estejam atentos aos sinais e sintomas precoces da doença e busquem orientação médica se necessário”, encerrou.