Dos tatames para as pistas: Cristiano Marcello explica paixão pelo mountain bike

Publicada: 05/04/2022 - 10:44


Acostumado aos pódios no jiu-jitsu, Cristiano Marcello também vem “voando alto” nas competições de mountain bike (Foto: Divulgação)

Com um vasto currículo de conquistas nos tatames, ringues e cages, seja como lutador ou treinador, Cristiano Marcello vem colecionando títulos em um terreno totalmente diferente. Desde 2020, o veterano do jiu-jitsu e do MMA tem se dedicado ao mountain bike, modalidade na qual já acumula pódios nas maiores competições do Paraná.

No último domingo, o líder da CMSystem ficou em terceiro lugar na GL Promo, competição que reuniu 28 atletas. Foi o quarto final de semana consecutivo que Cristiano Marcello competiu. Em três deles, ele subiu ao pódio.

“Estou amarradão com essa sequência de resultados. Adotei o mountain bike. Está suprindo a minha necessidade de adrenalina. Estou amando o esporte”, exaltou o carioca radicado no Paraná. “É um esporte que está me acolhendo de uma maneira maravilhosa. Estou muito feliz por poder representar a luta no moutain bike e o mountain bike na luta”, completou.

Confira na entrevista abaixo como surgiu a paixão de Cristiano Marcello pelas bicicletas:

Quando e como surgiu o interesse pelas bicicletas?

Cristiano Marcello: Sempre gostei de andar de bike. E a bike sempre me ajudou muito. Eu rompi o bíceps antes de entrar no TUF, em 2012, e o que me ajudou a perder peso e manter o gás foi a bike, foi o que me manteve, já que na época eu não conseguia nem pegar o ‘bebê conforto’ do meu filho, que dirá treinar luta.

E o mountain bike, mais precisamente, quando entrou na sua vida?

CM: 
Em 2019 eu fui comprar uma bike e conheci o Jackson Doibat, vendedor da loja. foi ele quem me apresentou o mountain bike. Ele também me apresentou o Edpo Peruci, um dos maiores atletas de mountain bike do Paraná, que hoje me treina. Esses dois caras influenciaram a minha entrada no mountain bike.

Como foi para você, que tem o nome escrito no mundo das lutas, começar no cenário competitivo em um esporte novo, da faixa-branca?

CM: 
Comecei a competir em 2020, mas em uma categoria de longa distância. Eu não estava acostumado, porque no MMA a gente se prepara para ir de 15 a 25 minutos de ação, não mais que isso, então a minha musculatura inteira não passava disso. Então não adiantava eu ficar mais de 1 hora na bike, porque não estava me fazendo bem, eu não me sentia confortável. Mas me encontrei na categoria light, que é explosão do começo ao fim, que é o que estou acostumado desde a época do jiu-jitsu.

Como está sua rotina nesse novo esporte?

CM: Fiquei entre os 10 na Copa Ninja; depois fiquei em quarto lugar no Campeonato Metropolitano de Mountain Bike, o maior do estado; na semana seguinte entrei na de XCO, que é tipo um MMA, pois mescla, velocidade, explosão, técnica, trilha… consegui ficar em 2º na divisão pro; e no último domingo consegui o 3º lugar entre 28 competidores na GL Promo.

Como você faz para conciliar o mountain bike e a liderança da CMSystem?

CM:
 É muito bom, pois meus atletas me veem motivado, me veem subir no pódio e isso inflama eles. O que me move é a competição, isso que me faz levantar da cama todos os dias. Meus treinos de mountain bike são de manhã, bem cedo, antes dos treinos dos meus atletas, ou à tarde, nos intervalos. Ou seja, só vem a acrescentar.

Quais são seus planos para o mountain bike?

CM: 
Já estou nas maiores competições do estado. O objetivo é avançar para as nacionais e, depois, para as internacionais. Na semana que vem eu viajo para os EUA para a luta do Elizeu Capoeira. Vou aproveitar e ficar uns dias na Califórnia com o meu primo Fabrício Morango. Se tiver competição lá, vou de abusado para representar o Brasil no mountain bike.

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