Ed Ramos relembra início da sua caminhada nos EUA e analisa expansão da ERBJJ: ‘Motivado’
Por: Redação
Publicada: 06/10/2020 - 13:07
Atualmente com 40 anos, Ed Ramos deu seus primeiros passos no Jiu-Jitsu no início dos anos 2000, por influência dos atletas da arte suave que, mesmo em desvantagem física, venciam seus desafios de Vale-Tudo, em uma época onde os combates aconteciam sem divisão de peso estabelecida. Durante sua trajetória, o atleta passou pelo Japão, onde foi auxiliado por Sougen Shimizu e Rodrigo Onishi, e disputou algumas competições. Em 2005, já como faixa-roxa, retornou para o Brasil e se uniu ao multicampeão Robinho Moura, que foi responsável por graduá-lo à faixa-marrom.
A partir do momento em que se mudou para os Estados Unidos, Ed ficou sem treinador e contou com o auxílio de Gilbert Durinho – hoje lutador meio-médio do UFC -, que na época treinava na Atos Jiu-Jitsu de Rio Claro, em São Paulo, equipe que Ed Ramos decidiu ingressar, em novo retorno ao Brasil. No período em questão, a Atos havia acabado de ser formada, mas rapidamente se tornou uma das equipes mais bem classificadas do mundo devido à qualidade de seus atletas profissionais e à orientação de Ramon Lemos, treinador que promoveu Ramos à faixa-preta, em dezembro de 2009.
Nos dias atuais, Ed Ramos mora em Houston, no Texas (EUA), onde é responsável por comandar sua própria equipe, a Ed Ramos Brazilian Jiu-Jitsu (ERBJJ), que já conta com diversos alunos e, nos últimos anos, teve o ganho de algumas filiais. Em entrevista, o faixa-preta falou sobre sua rotina envolvendo à liderança da equipe.
“O time está crescendo, já estamos com cinco filiais aqui na região e perto de fechar um acordo para mais duas esse ano. Temos também o projeto de abrir mais duas academias aqui em Houston em 2021 e já estamos entrando em contato com alguns faixas-preta de nome para trabalhar com a gente aqui. Hoje, divido as aulas na academia e tenho cuidado do business. Na organização da equipe, dou assistência às filiais em todas as áreas, tanto técnicas quanto desenvolvendo os currículos, cronogramas de treinos, até na parte de business, estratégias de negócio e tudo que envolve uma academia”, explicou.
Confira a entrevista na íntegra com Ed Ramos:
– Início no Jiu-Jitsu e período com feras na Atos
Comecei por volta dos anos 2000, depois de ver algumas lutas de Vale-Tudo e MMA, onde fiquei impressionado com alguns caras ‘magrelos’ ganhando de caras gigantes sem às vezes dar um soco, finalizando com muita técnica, e aí quis aprender o Jiu-Jitsu. (Sobre o período na Atos), eram incríveis os treinos com a galera. Eu aprendi muito lá… A gente treinava três, quatro vezes por dia, não tinha para onde correr, era porrada o dia todo com nomes como os irmãos Rafael e Guilherme Mendes, André Galvão, Bruno Frazzato, Ary Farias, Cláudio Calasans, Guto Campos, entre outros. Continuamos grandes amigos, eu devo muito a toda equipe.
– Principais dificuldades para se estabelecer nos EUA
O começo aqui nos Estados Unidos foi muito difícil. Não sabia muito inglês, tive que aprender rápido, e os caras que me trouxeram para cá me ‘passaram a perna’, aproveitaram o fato de eu depender deles para ter visto de trabalho. Graças a Deus, depois de alguns anos, consegui superar isso.
– Criação da ERBJJ e os objetivos com a equipe
Na verdade, eu já tinha a equipe paralelamente com a Atos. Tinha algumas filiais no Brasil e comecei a usar a ERBJJ aqui nos EUA porque precisei, pois por algumas questões de território e contratos da Atos aqui na região não poderia usar a marca aqui, então começamos a usar só a ERBJJ. O time está crescendo, já estamos com cinco filiais aqui na região e perto de fechar um acordo para mais duas esse ano. Temos também o projeto de abrir mais duas academias aqui em Houston em 2021 e já estamos entrando em contato com alguns faixas-preta de nome para trabalhar com a gente aqui. Temos vários atletas se destacando nas competições da IBJJF, como Felipe Rocha, Manuel Elizondo, Trent Draper, Shannon, Jorge Aguilar, David Merino, Leonardo Oliveira, Dylan Rodriguez e vários outros. Muitas coisas boas estão por vir.
– Planos futuros para a equipe e como competidor
Os planos são de expandir a marca e abrir novas academias aqui no Texas para poder atender mais pessoas e mudar muitas vidas para melhor através do Jiu Jitsu, dar oportunidades para outras pessoas viverem do Jiu Jitsu. Quero continuar lutando alguns campeonatos importantes e também levar meus alunos nas principais competições da IBJJF. Graças a Deus, faço o que amo, uso meu talento para mudar vidas para melhor, ajudo atletas a conseguirem seus objetivos. Por tudo isso, me sinto super realizado e motivado.