Em 4 anos, cirurgias robóticas no Brasil aumentaram 370%; Dr. Adolpho Baamonde comenta benefícios

Publicada: 14/04/2023 - 12:11


A cirurgia robótica é uma técnica que revolucionou a medicina nos últimos anos. Desde o primeiro procedimento, em 1985, a tecnologia evoluiu rapidamente. Agora, é utilizada em diversas áreas da medicina, como oncologia, urologia, ginecologia, entre outras. Em 2023, essa ferramenta completa 15 anos no Brasil e tem transformado a vida de milhares de pessoas que necessitam de uma intervenção cirúrgica.

O Dr. Adolpho Baamonde, especialista em cirurgia oncológica e transplante de órgãos abdominais, aponta que, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (SOBRACIL), o número de intervenções robóticas realizadas no Brasil aumentou cerca de 370% entre 2015 e 2019. Além disso, a SOBRACIL estima que mais de 120 hospitais e clínicas em todo o país já contam com essa tecnologia.

“Essa inovação representa um avanço significativo na medicina, especialmente no Brasil, onde tem sido amplamente adotada nos últimos anos. Além disso, a cirurgia robótica permite que os cirurgiões realizem procedimentos com maior precisão e visão ampliada, o que pode trazer melhores resultados para os pacientes”, explicou.

Os robôs cirúrgicos são controlados por um cirurgião, que utiliza um console para monitorar o procedimento em tempo real, explica o especialista. Ainda de acordo com o Dr. Adolpho Baamonde, através de câmeras de alta definição e instrumentos cirúrgicos em miniatura, a máquina é capaz de realizar movimentos precisos e delicados, que seriam impossíveis para um ser humano.

“Apesar dos benefícios, o procedimento robótico ainda é uma técnica cara e exige um alto nível de treinamento dos cirurgiões, dividido em duas fases: a primeira, básica; a segunda, avançada. Por isso, nem todos os hospitais têm acesso a essa tecnologia. Além disso, ainda há muito a ser estudado sobre os efeitos a longo prazo da cirurgia robótica”, comentou.

“Em resumo, a cirurgia robótica representa um avanço significativo na medicina brasileira. Ela permite que os cirurgiões realizem procedimentos com maior precisão e segurança. A tecnologia ainda oferece benefícios aos pacientes, como menor tempo de recuperação, menor perda de sangue, menos dor no pós-operatório e redução na taxa de complicações. A adoção dessa técnica continuará a crescer no Brasil à medida que mais hospitais e clínicas a adotem, e mais cirurgiões sejam treinados para utilizá-la”, concluiu.

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