Ex-mecânico de helicóptero, faixa-preta de Jiu-Jitsu fala sobre o crescimento da Double Five no Brasil e nos EUA

Publicada: 19/07/2022 - 16:03


Darwin Falcão com os líderes da Double Five Rafael Formiga e Leandro Tatu (Foto: arquivo pessoal)

Uma das grandes equipes de Jiu-Jitsu da atualidade, a Double Five vem ganhando cada vez mais notoriedade nas principais competições da arte suave. Fundada há dois anos pelos faixas-pretas Leandro “Tatu” Lopes e Rafael “Formiga” Barbosa, a academia com base no Brasil e nos Estados Unidos, mais precisamente no Texas, está em franca expansão. E esse processo conta com a ajuda de alguns professores comprometidos com o projeto de crescimento da equipe. Um desses professores é o faixa-preta Darwin Falcão, que deixou o Rio de Janeiro, onde liderava a Double Five Barra, e atualmente está radicado na Califórnia, onde comanda uma das filiais da equipe.

“Sou muito feliz na equipe Double Five. Tenho total apoio dos meus mestres Tatu e Formiga e com isso consigo fazer um trabalho digno aqui nos Estados Unidos. Nossa equipe tem apenas dois anos e já estamos entre as melhores do mundo, e tenho certeza que sempre estaremos entre as melhores. Somos uma equipe que forma atletas em “casa” e lança muitos talentos. Cheguei aqui na Califórnia com a autorização do meu mestre Tatu para começar o meu projeto e ajudar na expansão da equipe, além de ajudar mais os meus atletas. Desde a minha chegada fui abraçado pelo mestre Formiga e pelo meu grande irmão Rodrigo Lopes. Os dois me ensinaram tudo aqui”, contou Darwin.

Natural de Recife, Darwin começou no Jiu-Jitsu aos 16 anos em uma academia em sua cidade natal. Como seu pai era da Marinha, ele veio morar ainda criança no Rio de Janeiro. Após ter problemas na escola, ele voltou para Recife para morar com a sua avó. Foi quando descobriu o Jiu-Jitsu. Mas Darwin passou por muitos recomeços no esporte. Ele voltou ao Rio de Janeiro, onde treinou com Formiga e Tatu até pegar a faixa-marrom, em seguida morou por três anos na Europa, onde estudou e deu aulas de Jiu-Jitsu, até voltar definitivamente para o Rio de Janeiro.

“Quando voltei da Europa, em 2008, meu primo Diogo Reis me chamou para fazer um curso para trabalhar com manutenção de helicópteros e deixei o Jiu-Jitsu de lado. Mas, em 2011, eu estava morando em Copacabana e vi que tinha uma academia de Jiu-Jitsu embaixo do meu prédio. Resolvi entrar para conhecer e acabei voltando a treinar. Ao mesmo tempo me formei e comecei a trabalhar como mecânico de helicópteros em Jacarepaguá. Acabei me mudando com a minha esposa Luana Martins Costa para a Barra da Tijuca e passei a treinar na Game Fight com o mestre Vinicius Amaral, que me graduou à faixa-preta. Foi quando, com a ajuda da minha esposa, montei a minha academia em frente ao prédio onde a gente morava”.

A partir daí, Darwin não largou mais o Jiu-Jitsu, mas teve que fazer uma opção de vida. Ele deixou para trás o mundo da aviação e abraçou a sua paixão pela arte suave. Hoje vem colhendo os frutos da sua escolha ao lado dos seus mestres Tatu e Formiga. 

“O meu trabalho como mecânico de helicóptero também se tornou uma grande paixão, e foi onde eu aprendi muito sobre organização e disciplina. Mas o meu grande amor sempre foi o Jiu-Jitsu. Depois que montei a academia na Barra da Tijuca, eu tive a certeza que a minha vida era o Jiu-Jitsu. Ali eu fiz alguns campeões nos tatames e na vida. Graças ao Jiu-Jitsu eu consegui mudar não só a minha vida, mas a de muitas outras pessoas. Agora, aqui nos Estados Unidos, onde o esporte é mais valorizado, eu poderei ajudar ainda mais os meus alunos a se tornarem melhor no esporte e na vida”, concluiu o faixa-preta.

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