Fábio ‘Ossitos’ Januário relembra trajetória e diz: ‘Faço pelos outros o que o Jiu-Jitsu fez por mim’
Por: Redação
Publicada: 04/07/2022 - 17:59
Uma vida dedicada ao Jiu-Jitsu. Assim é a história do faixa-preta, professor e formador de grandes campeões Fábio ‘Ossitos’ Januário, que desde os 4 anos de idade já conhece o tatame por influência do irmão – e também faixa-preta – Adão “PQD”. Através do esporte, o representante da Gracie Barra mudou seu futuro, deixou para trás uma infância pobre no Rio de Janeiro e vem retribuindo tudo o que conquistou através da arte suave.
“Eu não tenho memória da minha vida sem o Jiu-Jitsu. Meu irmão mais velho, Adão, começou a me ensinar em casa mesmo, e logo depois iniciei na primeira turma de Jiu-Jitsu para crianças da Gracie Barra Matriz, antigo Espaço Vital, onde tive a oportunidade de aprender com grandes campeões. Essa experiência me influenciou a seguir uma trajetória com foco no esporte. Eu cresci em uma comunidade do Rio, onde pobreza, violência e falta de oportunidades eram parte da realidade, e o Jiu-Jitsu me direcionou no caminho certo”, relembrou Fábio ‘Ossitos’, que é formado pelo GM Carlos Gracie Jr, um dos grandes nomes da arte suave:
“O Jiu-Jitsu e os ensinamentos do mestre Carlos Gracie Jr preencheram algumas lacunas da ausência de uma figura paterna, me enriqueceram como ser humano e deram subsídios para a formação do meu caráter não apenas profissional, mas pessoal. Eu sou uma prova de que o Jiu-Jitsu transforma vidas. Por isso, a minha missão é fazer pelos outros o que o Jiu-Jitsu fez por mim. Ensinar as pessoas para que muitas outras possam ter oportunidades como eu tive”, completou.
Fábio ‘Ossitos’ fez parte do círculo da família Gracie e teve a rara oportunidade de treinar com outros nomes de peso como Marcio Feitosa, além de Rilion, Ryan, Renzo, Kyra, Roger, entre outros, como Nino Schembri, Flávio Almeida Cachorrinho, Roberto Roleta, Vinicius Draculino e mais.
Fábio, ao lado dos irmãos, ainda foi precursor do esporte durante a rápida expansão que ainda vemos até hoje, pois viajou todo o estado do Rio de Janeiro difundindo a arte suave. Em 2005, ele teve a honra de receber a faixa preta das mãos de Carlos Gracie Jr, posteriormente sendo chamado para trabalhar como professor na Gracie Barra Matriz, uma honra para poucos no esporte, e por onde trilhou uma carreira de muito sucesso durante todos estes anos.
Crescendo em uma das maiores equipes da história do Jiu-Jitsu, Fábio ‘Ossitos’ ainda competiu em alto nível e aplicou cursos para forças policiais e militares do Rio de Janeiro e Minas Gerais, até que em 2009 assumiu o cargo de instrutor-chefe de uma equipe afiliada à GB em Belo Horizonte (MG). Por lá, formou diversos faixas-preta, campeões, e treinou com craques do MMA como Rafael dos Anjos e Paulo Borrachinha.
“Sempre me posiciono com o papel de liderança que o professor Carlinhos me ensinou dentro e fora dos tatames. Sempre trabalhei para ser um modelo positivo para os outros e influenciar toda uma geração de líderes que está por vir. Minha linhagem me inspirou a manter o legado do Jiu-Jitsu vivo e propagar seus ensinamentos”, disse o faixa-preta, que ao longo dos anos ainda realizou importantes seminários nos EUA e pela Europa na Itália, Suíça, Rússia, Alemanha e França.
Atualmente, o grande objetivo de Fábio ‘Ossitos’ é expandir seu trabalho pelos Estados Unidos, ajudando mais pessoas através da arte suave: “Irei continuar honrando os valores da arte suave e da Gracie Barra. Posso continuar contribuindo tanto na parte de capacitação das forças de segurança, como promover a Defesa Pessoal, cada vez mais importante, e na formação de novos campeões”.
Fábio ‘Ossitos’, que sempre teve muito orgulho de representar a GB e o GM Carlos Gracie Jr, quer seguir carregando essa bandeira e utilizando o Jiu-Jitsu como ferramenta de transformação social, como foi no caso dele.
“O bom profissional nunca deixa de estudar, evoluir e estar aberto a novos conhecimentos. Tanto na prática de professor quanto como atleta, eu aprendo e ensino. No tatame não só ensinamos, mas aprendemos muito e a troca com o aluno é valiosa, além de uma experiência transformadora. Quando alguém entende que já sabe tudo, ele para de evoluir, tendo em vista que o Jiu-Jitsu está em pleno desenvolvimento. Pretendo seguir estudando e sonho com um dia em que todos terão a oportunidade de conhecer os benefícios da arte suave, que vão muito além do tatame e proporcionam uma mudança na qualidade de vida”, encerrou.