Fundado em 2012, Instituto Diego Trindade muda vida de jovens através do Jiu-Jitsu

Publicada: 09/11/2023 - 20:17


Fundado em 2012, Instituto Diego Trindade ajuda dezenas de crianças em Manaus, Amazonas (Foto divulgação)
Fundado em 2012, Instituto Diego Trindade ajuda dezenas de crianças em Manaus, Amazonas (Foto divulgação)

Apesar da tragédia que aconteceu com Diego Trindade em 2011, quando o jovem faixa-marrom de Jiu-Jitsu, aos 24 anos, acabou assassinado durante uma tentativa de assalto em Manaus-AM, seu nome segue vivo através da família, amigos e, principalmente, do Instituto Diego Trindade, fundado em 2012.

Gerido por sua mãe, Euza Maria Trindade – atual presidente -, e seu irmão, o experiente faixa-preta Fábio Trindade, o Instituto atende dezenas de crianças, funcionando na Rua Martim Afonso de Souza, nº 802, no bairro Dom Pedro II, e tendo como grande destaque um campeonato anual que dá oportunidade para vários jovens da região.

Batizado de Copa Diego Trindade de Jiu-Jitsu, o torneio está indo para a sua sétima edição em 2024, e segundo Fábio, representa parte do legado do seu irmão dentro da arte suave.

“A perda (do Diego) foi sinistra… Um dos piores momentos da vida da nossa família, até hoje é difícil, dói, mas depois de alguns meses a minha mãe quis criar o Instituto em homenagem a ele, que se amarrava em crianças, para ajudar quem precisa e merece. Além disso, na época tínhamos um projeto social de Jiu-Jitsu, mas o professor se mudou, eu já morava nos EUA, ele acabou, porém o Instituto segue firme e forte, focado nas crianças, com um campeonato anual e que segue crescendo”, disse Fábio, que completou:

“Aprendemos a lidar com a dor com o tempo, mas a minha mãe é a grande guerreira, sempre querendo ajudar o próximo. E o objetivo do Instituto é esse, desenvolver o projeto, o campeonato, ajudar jovens e manter o nome do meu irmão vivo”.

Atualmente atuando como professor em filiais da Gracie Barra em Northdrige e Tarzana, nos Estados Unidos, onde ensina adultos e crianças, o faixa-preta Fábio Trindade também continua competindo. E exatamente por isso, sabe o poder que os projetos sociais podem exercer nos jovens.

“Os projetos em Manaus são muito bem desenvolvidos, tem bastante gente, espalhados por toda a cidade, a maioria já deu bons frutos, como o próprio do Melqui Galvão com o Mica e Diogo Reis, e tem vários outros que ajudam tanta gente no meio do Jiu-Jitsu”, afirmou, antes de encerrar pedindo mais apoio:

“Acredito que eles (governantes) deviam dar uma olhada melhor para o Jiu-Jitsu. Manaus já exportou tanta gente que hoje mora nos EUA, Europa e Ásia, muita gente que o Jiu-Jitsu ajudou a mudar de vida, é uma explosão lá. Tem mais academias do que campos de Futebol em Manaus, muita gente boa, mas infelizmente nem todos têm a condição ou a chance de conseguir crescer. E se tivesse mais incentivo, mais apoio, teriam milhares de manauaras brilhando mundo afora”, encerrou.

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