GM Wilson Mattos opina sobre os cenários da Defesa Pessoal e do Jiu-Jitsu atualmente; confira

Publicada: 09/04/2021 - 8:29


Com uma vida dedicada ao Jiu-Jitsu, o Grão-Mestre Wilson Mattos, faixa-vermelha 9º grau da arte suave, é grande referência nos temas relacionados ao esporte. Graduado faixa-preta pelo lendário GM Oswaldo Fadda nos anos 70, o “Shigan” – como é apelidado – conversou com a TATAME na sua academia e, ao longo da entrevista, falou brevemente sobre o início na modalidade, que aconteceu em 1956, com apenas 5 anos.

Além disso, o carioca também deu sua opinião a respeito das diferenças existentes entre o Jiu-Jitsu praticado nas décadas de 60, 70 e 80 com o que é empregado atualmente, citando a questão da arte suave voltada para a Defesa Pessoal e também para o lado de competição, como é visto hoje em dia.

“Meu início no Jiu-Jitsu aconteceu aos 5 anos de idade, e hoje estou prestes a completar 70. Tinha um menino na minha rua que sempre me batia, e um padeiro na época viu toda essa situação. Ele pediu permissão à minha mãe para me levar na academia e ela concordou, isso em 22 de abril de 1956, e até hoje me encontro no Jiu-Jitsu. Na minha época, nós tínhamos um programa bem extenso na arte, com projeções, defesa pessoal, confrontos sem quimono e mais… Tínhamos isso tudo e estávamos muito bem preparados para a vida. Hoje, não. Hoje está muito diferente. O praticante, atualmente, só pensa em sentar e levar para o chão. Essa é a grande diferença do Jiu-Jitsu antigo para o esporte nos dias atuais”, explicou o GM, que apesar de citar as diferenças entre as épocas, disse que existe espaço para os dois lados dentro do esporte.

Wilson Mattos opinou sobre o Jiu-Jitsu em diferentes épocas (Foto: Reprodução)

“Há espaço tanto para um, quanto para outro. Depende muito do professor, do método de ensino dividir parte por parte a eficácia do Jiu-Jitsu. Sinceramente, na minha academia, se faz o Jiu-Jitsu tradicional esportivo, sem nenhum conflito. Mas é importante que o indivíduo saiba fazer tanto uma coisa, quanto outra”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra:

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