Home office nas artes marciais cresce com isolamento e especialista diz: ‘Mercado grande e com muito a ser explorado’

Publicada: 10/04/2020 - 20:53


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou em pesquisa que cerca de 20 milhões de brasileiros trabalham em home office. Esse número cresceu de forma exponencial após o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a decretação de quarentena em todos os estados do Brasil. Sendo assim, quem não pratica serviços essenciais se viram diante da necessidade de realizar um trabalho remoto.

Alexander Frota, que é CEO de um site para facilitar que pessoas encontrem um trabalho home office (saiba mais, aqui https://vagashomeoffice.net), já ajudou mais de 4 mil integrantes neste processo. Segundo o carioca, o trabalho remoto teria encontrado resistência das pessoas nos últimos anos. O profissional em marketing acredita que é algo natural, já que não era um costume e por conta desta inesperada situação da quarentena, os trabalhadores precisarão se reinventar e buscar a melhor forma de trabalho para eles e o público que eles possuem. Como no caso dos professores de artes marciais, por exemplo.

Alexander é CEO de um site que ajuda pessoas a encontre trabalho home office (Foto divulgação)

Aulas de artes marciais online não são uma novidade, mas estão ganhando força com o isolamento social. Alexander afirmou que este é um mercado grande e que ainda tem muito a crescer.

“Acredito que esse é um mercado muito grande que ainda tem muito a ser explorado. Os profissionais que desejam embarcar no home office, como forma primária de trabalho, podem fazê-lo. Agora, principalmente por conta da crise causada pela Covid-19, muitos destes profissionais precisam necessariamente ser criativos nesse sentido, o que traz muitas oportunidades para todos, porém também muitos desafios, principalmente na adequação da rotina ao estarem praticamente forçados a trabalharem em casa neste período”, projetou Alexander, que aproveitou para deixar umas dicas para os professores que queiram investir neste método.

“A primeira coisa é criar e se comprometer com uma rotina. Sem uma rotina de trabalho clara e objetiva é impossível você entender se você está avançando, pois qualquer detalhe e distração pode ser crucial para o sucesso, já que é difícil para muitos seguir uma rotina de trabalho no conforto do lar. A segunda coisa é ter consistência. Ou seja, independente de qualquer coisa, buscar executar tudo o que foi planejado nessa rotina de trabalho todos os dias. E a terceira é não somente ser, como eles são, mas também parecerem profissionais. Como você está em casa, você pode acabar não dando o seu máximo. E por mais profissional que você seja, pode transparecer que você é alguém desleixado. Ou porque você não está com a vestimenta adequada, ou porque não está com o cabelo bem penteado”, apontou.

Experiência na prática

O jovem Fabyury Khrysthyan, faixa-roxa de Jiu-Jitsu, antes deste período de isolamento social conseguia aplicar aulas na academia. No entanto, com o fechamento das academias, passou a estudar marketing para vender aulas online e entender o melhor formato como as pessoas querem consumi-las.

“As pessoas preferem quando a posição é aplicada em uma competição que dá um gosto para eles mostrando que funciona. Além de estar cativando os alunos através do home office, eu consigo ter uma interação por chamada de vídeo em diversos cantos do mundo, podendo assim chamar a atenção dos alunos para meu treino”, disse Fabyury, que pretende seguir estudando para, quem sabe, manter as aulas pela web mesmo após a quarentena.

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