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Cearense Ítalo da Silva Gonçalves está focado na competição que acontece no mês de setembro em Las Vegas

Por Leonardo Fabri

Multicampeão no jiu-jitsu e no judô, o brasileiro Ítalo da Silva Gonçalves se prepara para ampliar sua coleção de títulos internacionais este ano, incluindo o Miami Open e o Mundial Master da IBJJF, que acontece em Las Vegas no mês de setembro.

No final do mês passado, Ítalo conquistou a medalha de bronze no Pan-Americano de jiu-jitsu da IBJJF, realizado em Orlando. A competição é uma das mais importantes do calendário internacional.

Faixa-preta de jiu-jitsu há mais de 10 anos, o cearense nascido em Fortaleza e criado no município de Caucaia ostenta um título mundial na categoria e um vice-campeonato no absoluto pela CBLP, além de ser campeão asiático peso e absoluto pela ASJJF, título conquistado na Coreia do Sul em 2018.

Apesar disso, seus primeiros passos no tatame, aos 10 anos, foi em aulas de judô, arte na qual sua mãe, Iêda, além de ser faixa-preta, é uma dos ícones femininos da modalidade em seu estado, sendo a primeira cearense a chegar em uma final de campeonato brasileiro. Ítalo seguiu seus passos.

“O que mais me chamou a atenção nos tatames foi ter uma mãe faixa-preta de judô e ver o quanto ela foi importante para o esporte no estado do Ceará. Quando comecei a competir judô e jiu-jitsu vi que o esporte tinha que fazer parte da minha vida”, destacou o lutador, que foi campeão da copa do mundo e do sul-americano.

Coleção de medalhas à parte, Ítalo, que possui uma década de faixa-preta, enfatiza que suas principais conquistas através dos aprendizados das artes marciais vão muito além dos títulos de campeonatos. Por isso, ele entende que seu papel hoje é transformar vidas nos tatames, assim como a sua foi transformada.

“Tanto o jiu-jitsu quanto o judô são de extrema importância para a transformação social. Dei aulas na minha cidade por muitos anos, também tive a oportunidade de dar aulas em Hong Kong em 2018 e vi o impacto que a arte marcial tem nas vidas das pessoas. Acredito que todo esporte é uma grande ferramenta social”, afirma.

“Minha vida mudou a partir do momento que coloquei meus pés no tatame. Tive a oportunidade de conhecer mais de 10 países, novas culturas, países que jamais pensei em conhecer e também tive a oportunidade de ter uma experiência de vida única vivendo por um ano em Hong Kong”, completou.