Jovem faixa-azul vence faixa-preta em seletiva e mira convite para o ADCC 2024

Publicada: 12/03/2024 - 16:42


Kallebe roubou a cena com atuação de gala no ADCC Trials (Foto François Oliveira)
Kallebe roubou a cena com atuação de gala no ADCC Trials (Foto François Oliveira)

Belo Horizonte-MG recebeu, no início de março (dias 2 e 3), a primeira seletiva sul-americana para o ADCC 2024 – maior torneio de grappling do mundo -, que será disputado nos dias 17 e 18 de agosto, em Las Vegas (EUA). E entre os destaques do ADCC Trials mineiro, um jovem de apenas 15 anos roubou a cena mesmo sem ser campeão.

Trata-se do faixa-azul Kallebe Pereira, que surpreendeu na divisão 66kg, chegou até a semifinal e, em sua trajetória, derrotou o faixa-preta Felipinho Machado. Natural de Manaus-AM, Kallebe é representante da Escola Melqui Galvão e tem apoio da MasterFrigo.

Pai da promessa, o faixa-preta Francisco Pereira comentou sobre o resultado surpreendente do jovem, que começou a treinar aos 2 anos de idade com ele, e mesmo sem ter vencido a seletiva, pode receber um convite para disputar o ADCC 2024.

“Estou muito orgulhoso do meu filho. Ele me mandou uma mensagem dizendo que ia fazer história e fez. Mesmo não chegando na final, fez um total de cinco lutas, e mesmo sem o título, deu tudo certo”, disse o pai, que continuou:

“O Kallebe começou a treinar comigo aos 2 anos de idade e eu via que ele tinha muita garra, já mostrando isso no primeiro campeonato dele, com 3 anos e tendo uma baiana muito forte. Aos 8 anos ele chegou e me falou: ‘eu gosto de lutar, porque aqui no tatame eu tiro toda a minha raiva’. Depois disso ele só cresceu, e o que ele tem de mais diferenciado dos outros é ele querer vencer através da luta, com muita vontade e garra”.

Aos 15 anos, Kallebe ainda tem uma longa jornada pela frente, mas com o apoio dos pais e dos professores Melqui Galvão e Maclay, seguirá construindo seus passos na arte suave.

“Eu acho que todo pai tem que ver o que o filho quer, o que ele almeja, no caso o meu quis seguir o que eu fazia, achou no Jiu-Jitsu um modo de ganhar a vida dele e ama o que faz. Depois que ele evoluiu muito comigo, não tinha mais treino aqui na academia e eu procurei o Melqui Galvão, onde ele segue crescendo e sendo lapidado”, disse Francisco, antes de encerrar:

“O Melqui viu o talento do Kallebe e quando ele deu a oportunidade, foi a primeira criança a entrar no alojamento, aos 11 anos. E a chegada do coach Maclay no time depois melhorou mais ainda, porque o trabalho ficou mais diferenciado para a criançada”.

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