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Seja jiu-jitsu, judô, karatê, taekwondo ou qualquer outra modalidade de luta, as artes marciais têm um papel importantíssimo no desenvolvimento de uma criança. Além dos aprendizados técnicos, que trazem benefícios físicos como condicionamento, flexibilidade e reflexo; a filosofia de artes milenares trabalha também autoestima, disciplina e respeito.

Mais importante ainda é a saúde bucal, que, preservada na infância, garante o desenvolvimento saudável da criança. Por isso, é necessário alertar aos pais que têm filhos que praticam artes marciais, sobre a importância de levá-los ao dentista regularmente e doutriná-los sobre a utilização do protetor bucal durante as aulas de luta.

“A boca está ligada a tudo: fonética da criança, autoestima, às vezes pode gerar bullying devido a um dente torto, amarelado; está ligada ao crescimento da criança… então a gente tem que tomar muito cuidado, por isso é muito importante o acompanhamento odontopediátrico, sempre acompanhar a infância inteira para que tenha dentes permanentes mais saudáveis”, explica o renomado odontopediatra Dr. Paulo Bonavides.

Em relação ao protetor bucal, o dentista, conhecido também como “Tio Paulo”, pede para que os pais e professores ensinem, desde cedo, sobre o quão fundamental é o item.

“A utilização do protetor bucal é importante não só para praticantes de lutas, como para de qualquer outro esporte radical, para que proteja os dentinhos das crianças; inclusive aqueles que fazem uso de aparelho, já que o impacto na região pode ocasionar ferimento nas bochechas ou nos lábios”, alerta o dentista.

Outro ponto destacado pelo Dr. Paulo Bonavides é a recomendação pela procura de um protetor bucal personalizado a partir do molde da boca do paciente. Segundo ele, é preciso fugir daqueles genéricos disponíveis em lojas de artigos esportivos.

“Tudo que for feito para a boca, desde uma plaquinha para clareamento, bruxismo, esporte ou seja lá o que for, precisa ser individualizado, nunca comprar uma pronta, porque não existem bocas iguais, não é como sapato, que você calça 36, 37, 38… cada boca tem o seu tipo, então sempre tem que moldar para fazer o protetor bucal de acordo com a boca de cada paciente”, indica.