Legado de fé e amor: pastor e escritor Jocymar Fonseca conta como se tornou referência no meio cristão

Publicada: 07/12/2022 - 11:19


Líder da Comunidade Cristã Família da Fé conta como conseguiu quebrar barreiras e ganhar destaque entre os evangélicos

Pr. Jocymar Fonseca – Foto: Arquivo pessoal

Líder da Comunidade Cristã Família da Fé, o pastor Jocymar Fonseca consolidou-se como uma referência no meio evangélico ao fundar a igreja localizada em Campinas, em 2012. Com 34 anos de ministério pastoral, ele também ganhou destaque pelo trabalho como escritor, já tendo publicado 18 livros, com destaque para “Vencendo as crises da vida” e “O inferno não é piada”, que foram sucessos de venda. Além disso, ele também é bacharel em Teologia pelo Seminário Nazareno e mestre em Ciência da Religião pelo Instituto Sendas.

Jocymar inaugurou a Igreja Família da Fé em 2012 e ela logo se tornou referência na região por conta da abordagem criativa e inovadora. Questionado sobre seu legado no pastorado e se esperava alcançar todas as conquistas que celebra hoje, o pastor conta saber que teria uma trajetória bonita em sua história cristã, mas não imaginava que chegaria à proporção que vê hoje.

“Já viajei vários países e falei em diversas denominações diferentes. Consegui ter o feito de uma abrangência não apenas onde me localizo, que é a Família da Fé, ou a Igreja Carismática que a gente tem. Eu falo hoje para presbiterianos, batistas, assembleianos, para as comunidades e igrejas neopentecostais. A minha abrangência saiu do meu nicho e foi para um lugar que jamais pensei que pudesse chegar”, comentou.

Nessas mais de três décadas como pastor e com uma voz ativa no meio, o ministro evangélico comenta que segue ressignificando não apenas seu chamado, mas a forma de se aproximar das novas gerações. O pastor Jocymar diz que se manter no topo é algo complexo, e reforça a necessidade de se aproximar das novas gerações através da quebra de paradigmas, porque assim elas avançam.

“Hoje você tem o poder da internet e das redes sociais. Antigamente havia a televisão, o livro, o local ou a rádio. Agora não existe mais esse precedente; você pode falar no Brasil e ser ouvido na África. Então, quero continuar ressignificando aquilo que Deus me entregou e levando isso às futuras gerações de uma forma mais sábia, prudente e graciosa. Busco não perder a habilidade de contextualizar e estar inserido naquilo que faz parte desse momento. Sempre falo sobre as principais realidades deste tempo, que continuam as mesmas, mas existe hoje uma maneira de se penetrar, falar e chamar atenção. Quero me atualizar nesse sentido”, disse.

Dentro dessa expectativa, uma das metas do pastor Jocymar é furar a bolha do meio cristão para chegar aos que ainda não conhecem o evangelho. Ele reforça que a igreja não trabalha por si mesma, mas pelo mundo, e define como um erro separar isso ao segmentar o público que receberá a palavra.

“A mensagem de Jesus não é para uma pessoa específica, mas para toda humanidade. O maior desafio não é falar para igreja, pois para ela você se habitua, cria novas linguagens e ambientes. A bíblia diz que quem ganha almas e fala com as pessoas, é o verdadeiro sábio. O real tesouro de um ministério não é o tamanho do prédio que ele constrói, ou da faculdade que ele deixa, isso faz parte do processo, mas é se manter focado em levar o evangelho para todas as pessoas”, defendeu.

Mais do que um pregador, hoje o pastor se vê também como um incentivador. Ele conta ainda que Jesus o livrou de muitas coisas ruins e o ensinou a viver de forma digna. Sendo assim, busca sempre fazer o mesmo pelas pessoas que o cercam, independentemente de serem da sua igreja ou não.

“Se você recebe algo bom na sua vida, precisa analisar se aquilo é para você, só para você. Se for, é só seu, mas se for para os outros, é para eles também. O que Deus fez na minha vida não é para mim apenas, mas para todas as pessoas que Ele faz passar pelo meu caminho”, pontuou.

“E quem passa pelo meu caminho? O cara que pinta uma casa, que constrói, que é jardineiro, o atleta, o prefeito de uma cidade, o vereador, o deputado, um influencer, empresário, artista, os dependentes químicos, ou quem está preso. Já preguei o evangelho em um dos maiores presídios desta região e até mesmo as maiores UTIs dos hospitais de São Paulo. Todo mundo tem uma necessidade básica e profunda dentro do seu ser. Essa necessidade não é suprida por dinheiro, relacionamentos, sucesso, mas é da exata forma e o tamanho de Jesus”, completou.

Em seus 55 anos de vida, o pastor Jocymar conta que o pastorado não foi sua única atuação até aqui. Quando mais jovem, era jogador de futebol, mas no ápice da carreira uma lesão o afastou dos gramados. Na época, frustrado com a situação, ele não via solução para o que lhe tinha ocorrido. No meio desse momento difícil, Jesus ressignificou sua caminhada, então, os pequenos problemas foram transformados e soluções. Disso, há um ensinamento para quem ele leva a palavra cristã.

“Ninguém é feliz em si mesmo. Toda pessoa que trabalha para si é frustrada antecipadamente, porque não existe nada que possa preenchê-la em dimensão nenhuma. Ela se torna um poço sem fundo; vai querer sempre mais. Você só se torna relevante quando recebe algo e compreende que isso precisa ser doado. É doando que há satisfação plena e completa. O ser humano, por si só, quando começa a buscar ter mais, se torna uma pessoa miserável, totalmente dependente de si e egoísta”, comentou.

“A cura vem quando compreendemos que existem coisas nela que as pessoas precisam, e essa entrega traz para nós uma satisfação plena. Eu não trabalho para mim, ou para aquilo que quero, mas para coisas maiores que eu. O apóstolo Paulo escreveu que aprendeu a estar contente em qualquer circunstância. Eu não estou contente quando ganho e triste quando eu perco, mas contente sempre. Minha satisfação vem do entendimento de quem sou, onde estou indo e onde vou chegar”, acrescentou.

Casado há 27 anos com a pastor Roberta Fonseca, com quem divide o ministério, hoje Jocymar se considera um entusiasta da fé. Os pastores são pais de Isabelle e João Vitor Fonseca e, hoje, a família trabalha unida em prol da igreja. O líder religioso os define como pessoas extremamente motivadas com essa obra.

“As pessoas se encantam quando elas veem, por exemplo, um paralítico levantar enquanto eu oro. Uma coisa comum, mas para muitos foi inédito, e Deus fez. Já vi pessoas à beira da morte serem ressuscitadas, ou curadas da febre com um leve toque. Mas, não fico divulgando como vendedor da fé, pois podem criar uma visão errada sobre isso. Não tem relação comigo, mas com o que Deus quer fazer a partir da minha vida”, reforçou.

“Agora, minha maior manifestação é levar a fé para as pessoas, desmistificando a visão equivocada que elas têm da fé, do reino e de Cristo. Desenvolvo isso no meu dia a dia, no jantar alguém, quando assisto um jogo com meu filho, dou um livro, escrevo um livro, recebo um abraço de uma criança, ou quando uma família me chama para enterrar um ente querido. Eu compreendo a natureza daquilo que Deus me leva às pessoas: para oferecer esperança, pois a dor nunca é maior que a presença de Deus, quando ele está na nossa vida”, concluiu.

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