Motivado para buscar US$ 1 milhão, Paulo Laia projeta PFL Challenger Series 2023

Publicada: 30/12/2022 - 18:14


Paulo com sua equipe, David Hudson à esquerda e Bruno Cappelozza (campeão da PFL) à direita do lutador (Foto SFT)
Paulo com sua equipe, David Hudson à esquerda e Bruno Cappelozza (campeão da PFL) à direita do lutador (Foto SFT)

Atualmente aos 30 anos de idade, Paulo Laia vive o melhor momento da sua carreira no MMA, mas ainda está longe do auge. Em novembro, o lutador brasileiro disputou e venceu o GP peso-leve do SFT – PFL International Qualifier Series Brasil, fruto de uma parceria inédita entre o SFT Combat – um dos maiores eventos do Brasil – e a PFL MMA, referência internacional.

Natural do Rio de Janeiro, Paulo Laia derrotou Ednilson CaiCai por decisão unânime e Magnus Conrado por nocaute – este na luta principal – para faturar o título do GP, além de uma vaga no PFL Challenger Series, torneio que dá ao atleta uma chance de fazer parte da temporada 2023 da PFL e brigar pelo prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,2 milhões) dado aos campeões.

Em entrevista à TATAME, Laia comentou o que representou a conquista do Grand Prix peso-leve para ele e destrinchou o momento do nocaute sobre Magnus Conrado, que veio através de uma queda ainda no primeiro round do combate.

“Com certeza foi o meu melhor dia, o momento mais importante da minha carreira até agora e que me deixou com a motivação triplicada. (…) Sobre o nocaute, eu tenho muita confiança naquela queda. Já treino ela com meu mestre Renato há muito tempo, e quando chegou o momento, senti que ia cair bem por cima e graças a Deus tive êxito”, disse o lutador da equipe RD Champions – liderada pelo casca-grossa Renato Dominguez -, que ainda completou:

“Esse título representa muito pra mim. Acredito que os nossos sonhos têm poder, há alguns meses comentei com o Renato que queria fazer parte dessa organização (PFL MMA) e a oportunidade da seletiva brasileira apareceu através do SFT. Só posso agradecer ao presidente David Hudson e aos demais envolvidos. Estou muito motivado”.

Dono de um cartel com 14 vitórias e cinco derrotas no MMA, Paulo Laia começou na modalidade há apenas sete anos e realizou sua estreia profissional em 2018. De lá pra cá, teve destaque em eventos nacionais até chegar ao SFT no início deste ano. Agora, sonha com o prêmio de US$ 1 milhão da PFL MMA: “Com certeza, é um valor que mudaria a minha vida. Sonho em dar uma vida melhor para a minha família. Sou pai de gêmeos e as crianças merecem”, afirmou.

Paulo Laia venceu final do GP por nocaute em apenas 17 segundos (Foto SFT)
Paulo Laia venceu final do GP por nocaute em apenas 17 segundos (Foto SFT)

Adversidades viram combustível

“O próprio Paulo Laia é um lutador surdo e mudo, que saiu da favela do Rio e agora terá a chance de brilhar em um palco internacional. Uma verdadeira história de sucesso e superação”. A frase de David Hudson, presidente do SFT, representa bem a conquista do lutador. Porém, se a deficiência poderia ser um empecilho para ele, o peso-leve fez questão de transformar em combustível para buscar seus objetivos no esporte.

“Eu me sinto um lutador comum apesar da minha deficiência, me sinto feliz quando subo no cage e só nas entrevistas às vezes tenho uma pequena dificuldade. Porém, nunca sofri nenhum tipo de preconceito. Pelo contrário, sempre entreguei tudo de mim na hora das lutas e por isso cativei o público, além dos meus companheiros de trabalho”, explicou o carioca, que relembrou seu início no MMA:

“Comecei a treinar em 2015, através de um projeto social. Em seguida fui direcionado pelo Paulo Josino ao Renato Dominguez, líder da RD Champions e meu treinador até hoje. Quando cheguei no CT logo senti uma vontade de competir, ser profissional e viver da luta”.

Sete anos depois a decisão rendeu frutos, e com uma vaga garantida no PFL Challenger Series 2023 – que retorna no dia 27 de janeiro -, Paulo Laia quer seguir chocando o mundo das artes marciais mistas: “Pelo que fui informado devo estrear entre e fevereiro ou março, mas ainda não sei a data exata. De qualquer forma, já estou bastante empolgado e pronto para mostrar meu trabalho em um palco internacional”, encerrou.

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