Popularidade do skate aumenta a busca por novos espaços para a prática

Publicada: 11/06/2023 - 14:40


Skate estreou nos Jogos de Tóquio –

por João Florêncio

Incluído nas Olimpíadas de Tóquio e, no Brasil, liderado pelos medalhistas Kelvin Hoefler, Pedro Barros e de Rayssa Leal, o skate reforçou sua popularidade entre os jovens que, hoje, não apenas buscam a modalidade como um passatempo, mas também com o sonho de competir nos principais palcos do mundo para poder viver do sonho de ser skatista profissional.

Esse boom foi notado pelo poder público e em algumas cidades foram instaladas ou reformadas pistas para a prática de skate, tanto park (praticado em bowls) quanto street (em espaços que simulam elementos das ruas). Mas ainda há muito a fazer.

Responsável por desapropriar a área que hoje está o Parque do Chuvisco, que possui uma moderna pista de skate, na capital paulista, o engenheiro civil Julio Cesar Peres Alves aponta que há muitas áreas subutilizadas que podem servir de palcos destinados à prática esportiva, incluindo o skate.

“Ao longo do desenvolvimento da cidade, o crescimento ocorreu em paralelo com as diretrizes de planejamento urbano. Apesar desse panorama, há atualmente muitos imóveis subutilizados passíveis de desapropriação para promover o bem-estar público e atender às necessidades da população. Esses espaços podem ser transformados em equipamentos públicos que ofereçam melhorias à qualidade de vida, contemplando áreas de saúde, lazer, educação e moradia. Especialmente nas regiões mais carentes, há oportunidades de criar espaços de recreação, o que também pode reduzir a necessidade de deslocamentos, contribuindo para a diminuição do congestionamento viário e da poluição ambiental.”, destaca Júlio, que por mais de 10 anos foi gerente do núcleo de desapropriações de áreas públicas na Secretaria Municipal de Obras de São Paulo.

Julio Cesar Peres Alves – Foto: Arquivo Pessoal

O engenheiro, com pós-graduações em gerenciamento de empreendimentos, perícias de engenharia e avaliação de imóveis, também cita outro projeto importante para viabilizar a criação de outra área pública na capital paulista. Na fase inicial do Parque na Água Espraiada, ele participou ativamente na formulação das estratégias de ação

“Isso envolveu o gerenciamento das desapropriações, a definição de quais propriedades deveriam ter prioridade nas permissões de posse e as negociações com oficiais de justiça e proprietários. Tudo isso foi essencial para assegurar a liberação dos imóveis indispensáveis para viabilizar a implantação do parque.”, explica.

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