Professor comenta sobre troca de equipes entre atletas no Jiu-Jitsu: ‘Será como o Futebol’
Por: Redação
Publicada: 08/08/2019 - 10:18
Por Diogo Santarém
Faixa-preta e líder da TMC, Marcos Cunha é um nome respeitado no país quando se trata de Jiu-Jitsu. Em sua trajetória no esporte, o carioca radicado na cidade de Blumenau (SC) formou e forma grandes nomes, como a bicampeã mundial Ana Schmitt, por exemplo.
Ex-representante da Nova União, Marcos hoje lidera sua própria equipe em busca de novos campeões. O trabalho é diário, e em entrevista ao Blog Faixa-Preta, o professor falou sobre como enxerga o assédio e a troca de equipes entre atletas – e praticantes – atualmente.
“Acho que é uma coisa normal. O Jiu-Jitsu hoje é um comércio e você tem que tratar os alunos não como seus amigos, mas como clientes, trabalhar para dar o melhor para eles em todos os sentidos. Se você não fizer isso, eles vão trocar de academia, e pra mim não existe mais esse lance de ‘creonte’ hoje. Acredito que você deve trabalhar bastante para manter os seus alunos, e se eles realmente saírem por algo que você não pode proporcionar, tem que mudar e melhorar para não perder mais alunos. Quando o trabalho é bom, sério, ele cresce. O Jiu-Jitsu é cada vez mais profissional e você tem que saber o que quer. Entre os atletas, por exemplo, nem todos tem condições financeiras, e eles precisam crescer, evoluir. Os gastos para competir são grandes, e algumas equipes maiores dão oportunidades nesse sentido”, afirmou o casca-grossa, prosseguindo.
“Se um aluno meu receber um convite de uma equipe com garantia de todos os benefícios como inscrições, passagens, alimentação, suplementação, todo esse suporte, isso é benéfico para o atleta, então eu não posso negar essa evolução dele se não posso oferecer isso. Pelo contrário, é preciso apoiar o atleta. No futuro acho que vão existir os ‘professores de base’, formando atletas, e as ‘equipes grandes’, que vão atuar na área profissional. Ainda não sei como será, mas acho que logo as coisas vão mudar, algo como no Futebol, onde o clube formador assina um contrato e ganha sua parte em futuras negociações”.