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A arte marcial foi o divisor de águas para Felipe Lemongi. Se antes o faixa-preta de Jiu-Jitsu pensou em fazer radiologia – e até se formou nesta profissão -, o amor pela arte suave falou mais alto e ele largou tudo para viver somente do esporte. E a sua decisão foi certeira. O atual professor da equipe GFTeam aperfeiçoou um método de treinamentos que auxilia o aluno além do tatame, e tem colhido frutos disso.

Desde os 15 anos de idade no Jiu-Jitsu, Felipe, graduado à faixa-preta por Arthur César, conhecido como “Gogó”, decidiu que sua meta de vida na modalidade não era somente a competição, mas dar aulas e ver seus alunos chegarem ao topo. Por isso, o profissional, apesar de ter atuado em alguns campeonatos dentro do tatame, focou seu talento fora dele e viu aflorar o seu diferencial.

“Não se trata somente de dar direção ao atleta na hora da luta, na verdade a hora da luta é onde você menos ajuda o atleta, pois quando entra no tatame, é ele e o adversário. Acredito que o papel do professor vem antes de tudo. É dedicação ao aluno no dia-a-dia, no treino, na vida pessoal do atleta, atenção ao meio que ele vive e como ele vai reagir aos problemas pessoais. Tudo isso influencia em sua jornada como atleta. Graças a Deus sempre tive feedbacks positivos dos meus professores e amigos que acompanham o meu trabalho, além de atletas que participei direta ou indiretamente de suas conquistas”, explicou.

O resultado deste trabalho é claro. Felipe, que é instrutor de defesa pessoal e já ministrou aulas na Team Nogueira, equipe dos irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotauro, foi responsável por treinar e ajudar grandes nomes da arte suave da atualidade como Max Gimenis, campeão Pan-Americano da IBJJF e do Abu Dhabi Grand Slam, Guilherme Cordiviola, que faturou o American Nationals da IBJJF com e sem quimono além do Campeonato Brasileiro da CBJJ, e Pedro Rubim, campeão Brasileiro, Europeu e Mundial pela IBJJF.

Além de ser professor da GFTeam e auxiliar atletas de alto rendimento, Felipe também participa de seminários e atuou em projetos sociais voltado para crianças. O último deles aconteceu em Quintino, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro.

“Foi uma experiência incrível, onde tive contato com a realidade de crianças que não sabiam nada sobre Jiu-Jitsu, e que não tinham objetivo nenhum de vida, a não ser crescer e trabalhar. A grande maioria era de comunidade e não tinha os pais, ou pelo menos um dos pais não era presente na vida deles. Foi uma das experiências mais importantes que já experimente”, completou.