Quem inventou o Pix e por quê

Publicada: 01/08/2025 - 9:38


Desde que foi lançado em 2020, o Pix se tornou parte essencial da rotina financeira dos brasileiros. Hoje, transferências e pagamentos instantâneos fazem parte do dia a dia de milhões de pessoas e empresas. Mas você sabe quem inventou o Pix e por que essa solução foi criada? Neste artigo, vamos explicar a origem do Pix, o que motivou sua criação, quem são os responsáveis pelo seu desenvolvimento e como ele transformou o sistema financeiro do Brasil.

O que é o Pix?

O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil. Ele permite transferências de valores entre contas bancárias em poucos segundos, 24 horas por dia, inclusive em fins de semana e feriados.

Ele foi oficialmente lançado em novembro de 2020 e rapidamente conquistou adesão popular por sua agilidade, gratuidade (para pessoas físicas) e facilidade de uso.

Quem inventou o Pix?

Diferente do que muitos pensam, o Pix não foi criado por uma empresa ou startup de tecnologia. Ele é uma iniciativa 100% pública, idealizada e desenvolvida pelo Banco Central do Brasil (BCB).

A liderança do projeto ficou a cargo da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, com a participação de servidores e especialistas em tecnologia, regulação e infraestrutura de pagamentos.

O nome mais associado ao projeto é o de João Manoel Pinho de Mello, economista e então diretor do BCB, que coordenou as ações para implantar o novo sistema. Além dele, centenas de profissionais estiveram envolvidos na criação do Pix.

Por que o Pix foi criado?

O Pix foi criado com diversos objetivos estratégicos, todos voltados para modernizar o sistema financeiro brasileiro. Entre os principais motivos estão:

1. Tornar pagamentos mais rápidos e acessíveis

Antes do Pix, transferências entre bancos só podiam ser feitas por TED e DOC, que tinham limitações de horário, tarifas e prazo para compensação. O Pix veio para eliminar essas barreiras.

2. Reduzir custos para usuários e empresas

Com o Pix, o Banco Central pretendia criar uma opção gratuita (ou de baixo custo) para transações financeiras, desestimulando o uso de dinheiro em espécie e reduzindo tarifas bancárias.

3. Estimular a concorrência bancária

O sistema permitiu que novas empresas, como fintechs e carteiras digitais, entrassem com mais força no mercado, oferecendo serviços financeiros sem depender da estrutura tradicional dos bancos.

4. Aumentar a eficiência e segurança do sistema financeiro

O Pix foi projetado com alta capacidade de processamento e segurança, permitindo operações instantâneas com controle regulatório e rastreabilidade.

Como funciona o Pix?

O sistema funciona através da chamada infraestrutura do SPI (Sistema de Pagamentos Instantâneos), gerenciada pelo Banco Central. Ele interliga todas as instituições financeiras autorizadas a operar com Pix.

O usuário pode cadastrar uma chave Pix, que pode ser:

  • CPF/CNPJ
  • Número de celular
  • E-mail
  • Chave aleatória

Com essa chave, é possível receber transferências instantaneamente, sem precisar informar dados bancários.

O impacto do Pix na vida dos brasileiros

Rapidez nas transações

Transferências que antes levavam horas ou dias agora são realizadas em segundos, a qualquer hora do dia.

Inclusão financeira

Milhões de pessoas passaram a usar serviços financeiros por meio do Pix, especialmente por meio de carteiras digitais e contas gratuitas.

Redução no uso de dinheiro em espécie

Pagamentos via QR Code ou chave Pix substituíram o uso de cédulas em muitas situações, promovendo mais segurança nas transações.

Crescimento do e-commerce

Com o Pix, lojas virtuais passaram a oferecer mais uma forma de pagamento ágil, sem necessidade de cartão ou boleto.

Inovações que o Pix trouxe

Desde o lançamento, o sistema passou a incorporar novas funcionalidades:

  • Pix Saque e Pix Troco: permitem sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais;
  • Pix Cobrança: gera cobranças com vencimento futuro, como boletos;
  • Pagamentos por QR Code: facilitam transações em lojas físicas;
  • Integração com serviços públicos: como pagamento de taxas e tributos.

O Pix é seguro?

Sim. O Banco Central implantou mecanismos robustos de segurança no sistema, incluindo:

  • Limites por transação;
  • Validação de dados;
  • Monitoramento em tempo real;
  • Autenticação de usuários via biometria e senhas.

Além disso, as instituições financeiras devem seguir regras de conformidade e responsabilização por falhas ou fraudes.

Futuro do Pix

O Pix continua em expansão. O Banco Central já está desenvolvendo novas funcionalidades, como:

  • Pix Automático: para pagamentos recorrentes como contas mensais;
  • Pix Internacional: para transferências entre países;
  • Integração com o Drex: futura moeda digital do Brasil.

Essas inovações mostram que o Pix é mais do que uma solução pontual. Ele é a base de uma nova era nos pagamentos digitais.

Por que o Pix foi um sucesso?

  • É gratuito para pessoas físicas;
  • Tem acesso simples e intuitivo;
  • Funciona em qualquer dia e horário;
  • Possibilita pagamentos instantâneos e seguros;
  • Reduz a dependência de cartões e dinheiro físico.

Todos esses fatores contribuíram para que o Pix se tornasse uma das inovações mais bem-sucedidas do sistema financeiro brasileiro.

Considerações finais

Saber quem inventou o Pix ajuda a entender não apenas a origem dessa solução, mas também o papel estratégico do Banco Central na modernização do sistema financeiro. Mais do que um produto, o Pix é uma infraestrutura nacional pensada para facilitar a vida das pessoas e tornar os pagamentos mais acessíveis, eficientes e democráticos.

A tendência é que sua presença cresça ainda mais nos próximos anos, acompanhando a evolução digital da economia brasileira.

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