Referência nos EUA, faixa-coral de Jiu-Jitsu dá sequência ao legado construído no Brasil

Publicada: 25/04/2025 - 21:31


Referência no Jiu-Jitsu, Luiz Paulo Baptista dominou o cenário nacional e agora vem desbravando terras americanas. Tricampeão do Brasileiro e do Pan da IBJJF, o faixa-coral dá sequência ao legado do seu professor, o faixa-vermelha e branca Fabricio Martins, que foi, orgulhosamente, aluno do lendário GM Osvaldo Alves.

Aos 59 anos, Luiz é responsável por formar diretamente 178 faixas-pretas e segue expandindo seu trabalho cada vez mais. O faixa-coral mora nos Estados Unidos desde 2017 e possui três academias em Massachusetts, com cerca de 450 alunos. James Bussiere, faixa-marrom de Luiz Paulo, citou que iniciou a trajetória no Jiu-Jitsu em 2019 e ficou surpreso pelo fato de pessoas menores que ele o vencerem nos treinos e destacou: “Isso me deu motivação para começar a treinar”.

O aluno ressaltou que, com o passar do tempo, o esporte virou uma paixão: “Você nunca para de aprender no Jiu-Jitsu. Sendo faixa-coral, Luiz é uma figura importante para aspirantes a atletas de Jiu-Jitsu, como alguém que nunca parou de treinar. Ele já formou quase 200 faixas-pretas, a maioria deles passou a retribuir seu conhecimento à comunidade do Jiu-Jitsu”, disse James.

Justyn Pelchat, que também é aluno de Luiz Paulo e faixa-marrom de Jiu-Jitsu, ressaltou que começou a treinar Jiu-Jitsu em 2018 e encontrou no esporte uma “válvula de escape” após sair do Exército dos Estados Unidos. Pelchat enumerou os benefícios da arte suave, principalmente no âmbito físico, mental e, assim como James, destacou a importância do faixa-coral em sua vida.

“O Luiz Paulo me ajudou de muitas maneiras dentro e fora do tatame. Em sua academia, ele criou uma família que constrói e treina junto. O Jiu-Jitsu mudou minha vida de muitas maneiras. Me ajudou a aliviar o estresse da vida e agora, graças à oportunidade que o professor Luiz Paulo me deu, sou treinador e estou aprendendo a compartilhar nosso Jiu-Jitsu com o mundo e a ajudar a sustentar minha família”, afirmou o aluno.

Marc Trevera, outro faixa-marrom de Luiz Paulo, também serviu nas forças armadas dos Estados Unidos e acredita que o esporte vem contribuindo em prol da sua saúde mental, sem deixar de lado o aspecto físico e espiritual como benefício: “Nunca busquei faixas, apenas continuei buscando a melhoria constante. Sempre tento ser uma versão melhor de mim mesmo a cada dia. Algumas das metas mensuráveis seriam vencer mais torneios, tanto nos Estados Unidos quanto em etapas internacionais. As metas a longo prazo seriam, com sorte, abrir minha própria academia e continuar a transmitir conhecimento para formar os melhores atletas que eu puder”, declarou o faixa-marrom de Jiu-Jitsu.

Matt Hailey, que também é aluno de Luiz Paulo, iniciou a jornada no Muay Thai. No entanto, foi convidado por um amigo a ir em uma academia de Jiu-Jitsu e, desde então, se apaixonou pelo esporte, aprendeu a falar português, além de citar os benefícios que a arte suave pode proporcionar: “O Jiu-Jitsu para mim traz clareza mental. Toda vez que entro no tatame, não penso nem me preocupo com os outros problemas da minha vida. Às vezes, há paz na violência”.

Além disso, Hailey destacou o ensinamento de Luiz Paulo como atemporal, assim como sua filosofia na forma de ensino. Entre os planos para o futuro, o aluno destacou que deseja transmitir o legado de Luiz Paulo para as próximas gerações.

“Alcançar a faixa-preta é um objetivo meu, sim, mas acredito que existam objetivos maiores no Jiu-Jitsu. Meu plano para o futuro é transmitir a linhagem construída pelo Luiz e ajudar outras pessoas a terem sucesso no esporte. Continuar o legado do Luiz Paulo muito depois de todos nós partirmos significará mais para mim do que qualquer faixa ou grau que eu possa receber”, finalizou Matt.

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