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O veterano brasileiro Patricky “Pitbull” Freire volta ao Japão no próximo dia 27 de julho para encarar mais um desafio internacional de peso. Ex-campeão dos leves do Bellator, Patricky terá pela frente o atual campeão peso-leve do DEEP, o japonês Shunta Nomura, em duelo marcado para a Saitama Super Arena, palco emblemático da história do MMA mundial. Apesar de experiente, Patricky sabe que enfrentar um atleta japonês no Japão envolve mais do que apenas habilidade técnica. 

“Enfrentar um japonês sempre é um pouco complicado, principalmente na casa deles, porque acho que às vezes o patriotismo pesa um pouco. Eu penso assim: eu não quero levar a luta para a decisão, eu não gosto. Eu gosto de acabar com as minhas lutas, eu gosto de definir minhas lutas”, afirmou o brasileiro.

Sobre o adversário, Patricky demonstra respeito, mas também vê oportunidades: “O Shunta Nomura é um cara que se movimenta muito bem, um cara de alto nível de karatê, tem uns knockouts explosivos também, então vai ser uma luta muito interessante. Ele é um lutador novo, tá aprendendo, tá começando a ficar confiante no jogo dele, tá crescendo um pouco… Ainda está no aprendizado do MMA. Treina na academia de wrestling, treina também com o Shinya Aoki, que foi uma grande estrela do PRIDE, muito bom de jiu-jitsu. Então é um cara perigoso em pé, que vem evoluindo bastante no jogo do MMA.”

A estratégia de Patricky passa por dominar o ritmo e, se possível, levar o combate ao solo para encerrar com contundência. “Acho que o caminho para a vitória é levar essa luta para o chão, finalizando ou nocauteando no chão. Sei lá, com pisão, com chutes, com alguma coisa desse tipo. Ele é um cara muito perigoso no jiu-jitsu, mas ainda está aprendendo o chão. O karatê é de alto nível.”

Sobre como imagina o duelo, Patricky antecipa uma luta que começa com estudo, mas pode explodir a qualquer momento. “Essa luta vai ser um pouco estudada no começo, tem que ser um pouco estudada, mas o meu plano de jogo é não levar essa luta pra decisão do juiz. Quero vencer a luta e dar meu próximo passo na organização. No começo, um pouco de estudo, com certeza, mas a qualquer momento pode ser um momento explosivo. Ele é um cara que é explosivo, se movimenta bem, espera a hora certa e, na hora de dar o ataque, o bote, ele dá um ataque muito explosivo. E eu também me imagino da mesma forma.”

Mesmo com um estilo agressivo reconhecido, o brasileiro promete inteligência tática no início do combate. “Apesar de que em algumas lutas eu já começo na agressividade, na explosão, essa luta eu vou ter um pouco mais de calma no começo, pra ter o meu momento certo de dar o meu ataque certo e finalizar a luta. Tanto seja de mão… Claro, eu não vou me desesperar pra querer levar ele pro chão, mas sim trabalhar a hora certa de levar ele pro chão e acabar com essa luta”, concluiu.