Roupas para lutas devem ser funcionais, mas não podem abrir mão da estética, alerta o empresário do ramo têxtil Eduardo Cristian

Publicada: 12/04/2022 - 16:35


Para Eduardo Cristian, peças devem ser funcionais e de bom gosto (Foto: Divulgação)

Roupas numa modalidade de combate vão além da estética. No jiu-jitsu, o kimono pode servir como ferramenta de ataque ou defesa; no judô, idem. No muay thai e no kickboxing, os shorts podem influenciar nos chutes. No MMA, o uniforme é escolhido de acordo com a especialidade do atleta.

Os grapplers costumam dar preferência aos shorts suplex, aqueles que se assemelham a sungas, mais grudados no corpo. Já os strikers optam mais pelos shorts tradicionais, muito utilizados no boxe ou no próprio muay thai e kickboxing; quanto mais curta a peça, mais mobilidade ela proporciona, e isso impacta nos chutes mais altos.

Conhecido como o “Embaixador das Confecções”, o empresário Eduardo Cristian Oliveira, CEO da “Costurando Sucesso”, falou sobre as roupas como peça funcional. Como ele mesmo explica, é preciso escolher o tecido e o corte certo para que o uniforme seja um aliado no aumento do desempenho.

“Recentemente, realizei uma imersão para conhecer as confecções de Portugal e Espanha. Na Europa, o ponto central das confecções são os tecidos tecnológicos, e isso vai de encontro com a nossa realidade quando falamos sobre roupas para luta. Se estamos na era em que a nanotecnologia em tecidos pode ajudar a combater coronavírus, imagina o que os mesmos podem ajudar no desempenho dos esportistas. Isso vai desde tecidos que mantêm a temperatura ideal no corpo do esportista, como também os que evitam odores durante os treinos”, salienta o especialista.

“Seguindo essa linha de raciocínio, vamos pensar em um esporte em particular: o muay thai. Eu particularmente não sou um entendedor de esportes, mas como o maior especialista em confecções do Brasil, posso afirmar que o sucesso do produto começa nos detalhes, assim como morre na ausência desses. Caimento e conforto é primordial, mas se entendemos que a concentração do praticante deve estar no treino e não no shorts caindo. Ao confeccionar um shorts, por exemplo, é necessário sempre ter foco nos ajustes da peça”, complementa.

Apesar da importância da funcionalidade das roupas, Eduardo Cristian, que criou o evento de empreendedorismo do setor têxtil “MBA Fashion Day”, frisa que a estética não pode ser negligenciada, já que ela muitas vezes representa a personalidade do lutador. Vale destacar que, em termos de marketing, que é o que faz o atleta ser mais ou menos pago, ter peças próprias é fundamental.

“É preciso pensar em peças que sejam confortáveis, leves e que não limitem os movimentos. Isso é essencial para quem fabrica peças para os esportes de luta. Além de, claro, com uma estética que agregue personalidade e estilo ao usuário. Tudo isso deve ser levado em conta na hora da confecção”, alerta o empresário.

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