Sucesso de Conor McGregor, dentro ou fora dos ringues, é revelado por Gustavo Gambit, especialista em Inteligência Social

Publicada: 01/12/2020 - 16:50


Alcançar o top 10 do ranking de atletas mais bem pagos do mundo não é tarefa fácil. Menos ainda quando o esporte em questão é o MMA, uma das modalidades que mais cresce no planeta, tanto em audiência e fãs, quanto em faturamentos com os pay-per-views e ingressos de eventos. O maior exemplo disso é o irlandês Conor McGregor, o único a embolsar cerca de US$85 milhões por uma aparição contra Floyd Mayweather. Enquanto muitos se questionam se realmente teriam sido os resultados de Conor dentro do octógono que o ascenderam à fama, o especialista em inteligência social Gustavo Gambit garante que não, e revela o motivo do sucesso.

“Claro que os resultados de Conor dentro do UFC foram fundamentais para que ele chegasse a faturar tão alto. Acho extremamente improvável que um lutador que não vence e que não seja campeão, pudesse chegar a números tão elevados. Mas, a verdade é que não foi só isso, muitos outros grandes atletas tiveram performances incríveis dentro da organização e não se tornaram astros tão relevantes e tão co-responsáveis pelo próprio alto faturamento da organização como Conor. O próprio brasileiro Anderson Silva foi ainda mais brilhante, mas não chegou nem perto. Assim como Georges St-Pierre, Jon Jones e vários outros campeões que não chegaram tão perto de tamanha façanha. O grande fator responsável para isso foi, mais uma vez, a inteligência social”, revela.

“O que Conor construiu nos anos anteriores às suas disputas de cinturão já mostravam muito sobre quem ele era. Seu enorme carisma, suas provocações, sua autoconfiança e suas afirmações de que seria o primeiro campeão de seu país levava milhares de irlandeses patriotas e aficcionados a viajarem e lotarem as arenas nos Estados Unidos, além de uma enorme massa de fãs por todo planeta. Pouco tempo depois, Conor já era o detentor do maior número de seguidores nas mídias sociais”, completa.

O especialista no assunto, que promove mentorias sobre Inteligência Social para atletas e diversos outros profissionais, afirma que condutas assim são “treinadas” dentro do programa que pode mudar vidas e carreiras.

“Tudo isso é altamente treinável dentro da Inteligência Social, e tenho certeza que Conor treinou e ensaiou muito disso por muito tempo. Frases que ele falava durante a semana da luta, nas entrevistas, nas pesagens, em cada oportunidade que tinha o microfone em suas mãos, ele capitalizava e já vencia os oponentes antes mesmo de entrar no octógono. Inclusive, acredito que muitos deles tinham uma performance muito inferior à que poderiam e costumavam ter, por conta da enorme pressão exercida por ele. O próprio caso da luta com Aldo, na minha opinião, simboliza isso. Um legado de um muitos anos de um rei destronado em 13 segundos por ele. Em minha análise, Eddie Alvarez também já parecia derrotado antes mesmo de enfrentá-lo”, afirma.

“O que estou dizendo é que Conor se tornou essa grande estrela com Inteligência Social porque utilizou isso não só para angariar muitos fãs, atenção das mídias, e, assim, estrelar cards e vender muitos pay-per-views e forrar o bolso. Mas, especialmente, para vencer psicologicamente seus adversários antes da luta, usando essa estratégia. E claro, juntando estes dois aspectos, ele se tornou um ícone”, ressalta. “Ele alcançou o segundo maior pay-per-view da história do boxe sem ter sequer uma só luta profissional de boxe, e detém o recorde de vendas de pay-per-view dentro do MMA, no UFC. Ele mudou a indústria. E isso foi conquistado, especialmente, por sua comunicação atraente e poderosa, seus relacionamentos com os adversários e coma a mídia, e sua forte persuasão, estes que são os pilares da inteligência social. Conor imortalizou alguns bordões repetidos até hoje em promoções de lutas, e até mesmo seu jeito de andar pelo octógono se tornou um emblema das artes marciais. Crianças e atletas por todo mundo emularam seu jeito de caminhar com braços bem abertos e passos largos, enquanto ‘encara’ a audiência com um profundo contato visual e uma expressão facial séria, sisuda”, detalha.

Especialista em inteligência social deu detalhes sobre o sucesso de Conor McGregor (Foto: Divulgação)

Esse modelo de treino completo tem sido usado por diversos atletas do MMA. A técnica, segundo Gustavo Gambit, abriu as portas para que os atletas pudessem entender na prática o que realmente funciona e gera retorno de fãs e financeiro. Estrelas como Israel Adesanya e o próprio brasileiro Deiveson Figueiredo (único homem brasileiro detentor de um cinturão no UFC) naturalmente trabalham muito de sua performance como “entertainers” para alcançarem resultados como estes. Figurino, cabelo, acessórios, escolha de oponentes, frases e jargões em entrevistas, tudo isso tem sido treinado pelos atletas mais inteligentes que entenderam o caminho da real relevância no esporte.

“Hoje, muitos atletas me procuram para trabalhar essa parte de inteligência social fora do octógono, tanto no dia-a-dia quanto especialmente nas semanas de luta. Comunicação, posicionamento, persuasão, tudo isso é trabalhado. Até mesmo o inglês nós praticamos. Não é só sobre o que falar, mas especialmente como e quando”, garante.

Um desses atletas de MMA, Thiago Moisés, da American Top Team, que já percebe os resultados das mentorias em suas lutas.

“Percebo como a Inteligência Social caminha lado a lado com o sucesso. Ao vermos grandes exemplos de atletas, percebemos como a personalidade marcante faz com que todos queiram assisti-lo, acompanhar a carreira”, comenta o atleta. “Para mim, não adianta ter resultados e não ser reconhecido pelo público. Estou muito feliz e animado em fazer essa parceria com o Gambit, acredito que teremos grandes resultados”, finaliza Thiago Moisés.

Gustavo Gambit é multi-empreendedor e famoso nas redes sociais, e já conta com quase 100 mil seguidores no Instagram. Além disso, já deu treinamento para mais de 10 mil alunos, incluindo celebridades, influenciadores digitais e empresários de sucesso.

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