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Criada em meados do século XX no Rio de Janeiro por Euclydes Hatem, o mestre Tatu, a Luta Livre Esportiva se espalhou pelo Brasil – e o mundo. Hoje, o grande polo da modalidade é Manaus, no Amazonas, muito por conta do trabalho inicial realizado por Fausto Brunocilla e Carlos Brunocilla, pai e filho que foram alunos de Tatu e responsáveis pela transmissão da Luta Livre, além da formação de vários mestres.

Fundada em 2005 por Totonho Aleixo – aluno de Carlos -, a FASUB Luta Livre Esportiva é atualmente a principal entidade da modalidade, liderando o processo de profissionalização a partir do investimento em estrutura, premiações, cursos e etc. Presidida por Juliana Gonçalves, a federação também tem o apoio do Delegado Péricles.

“Quando eu fundei a FASUB, o objetivo era profissionalizar a Luta Livre, levar ela para mais pessoas, e foi o que a gente conseguiu fazer, transformá-la em um esporte de massa no Amazonas e mostrar para o mundo. Em Manaus e no resto do estado a Luta Livre já é uma realidade, e seguimos crescendo. A nível nacional a modalidade é conhecida, mas ainda falta a galera se conscientizar que o esporte pode ser um meio de vida, uma profissão. Com mais atletas, academias e eventos profissionais, o mercado cresce”, analisou Totonho, que relembrou seu início na arte marcial:

“Eu conheci a Luta Livre com 17 anos, em 1993, através do Edinho. Fui na primeira academia que teve em Manaus, do Carlos Brunocilla, e no mesmo dia me matriculei e não parei mais de treinar. Metade da minha vida foi dedicada à Luta Livre. Quando eu comecei, a realidade era outra, mas hoje o esporte cresceu bastante. Só em Manaus são cerca de 140 academias, o maior polo do mundo”.

Além do trabalho na FASUB. Totonho também lidera o CT Brunocilla, maior potência da Luta Livre no Brasil e no mundo, com 123 faixas-preta espalhados na Alemanha, França, Inglaterra, Rússia, Peru, México, entre outros países. Segundo o manauara, desce cedo ele entendeu seu papel à frente da modalidade, trabalhando em prol do crescimento.

“Em 1996 disputei meu primeiro campeonato, e ao lado do Emerson Gugão, fomos os primeiros amazonenses a vencer o Brasileiro de Luta Livre, no Rio de Janeiro. Ali eu já comecei a enxergar o esporte com outros olhos e decidi que era aquilo que eu queria para a minha vida. Senti que podia fazer mais pela Luta Livre, montei um pequeno tatame na minha casa, mas a procura foi tão grande que eu tive que abrir uma academia logo depois”, recorda Totonho, que continuou:

“Dois anos depois, após mais uma participação no Campeonato Brasileiro, vi a necessidade de atuar mais como organizador do que atleta. Nessa época eu senti o peso da minha responsabilidade com a Luta Livre, em fazer o esporte crescer, e comecei a produzir eventos, profissionalizar a modalidade como um todo”.

Por fim, Totonho Aleixo projetou um grande 2023 para a FASUB e citou o que motivou sua paixão pela Luta Livre Esportiva: “Me apaixonei pelo fato se der uma luta próxima da realidade, do dia a dia, onde não precisa de quimono, faixa, de nada. Depois, ver a modalidade crescer me incentivava ainda mais. A cada evento, aulão ou seminário, minha vontade de transformar esse sonho em realidade só crescia”, encerrou.