Adenízia: “Estou usando a quarentena a meu favor”

Publicada: 07/07/2020 - 20:54


Adenízia diz estar usando o período sem treinos para cuidar do corpo e da mente
Adenízia Estou usando a quarentena a meu favor
Adenízia vems e preparando forte durante a quarentena (Divulgação)

Campeã olímpica em Londres-2012, a central Adenízia, reforço do Sesi/Bauru desde o returno Superliga 2019/2020, tem feito da parada forçada no calendário esportivo mundial por conta da pandemia causada pelo COVID-19  a seu favor.

Em entrevista ao jornal LANCE!, publicada nesta terça-feira (07.07), a jogadora revelou que está aproveitando a quarentena para cuidar do corpo e da mente. Ela operou o ombro direito em julho de 2019 e retornou aos treinos no seu antigo clube, o Scandicci, na Itália, no final do semestre passado, mas não chegou a defender novamente o clube. Em janeiro, ela retornou ao Brasil, para defender o Sesi Bauru e estava retomando à antiga forma técnica e física, fazendo bons jogos, mas a paralisação da Superliga, em março, brecou o processo.

Quando voltou ao Brasil, ela deixou claro que o objetivo era lutar por uma vaga no time de José Roberto Guimarães e tentar disputar sua terceira olimpíada consecutiva. Na correria para estar apta para os Jogos que aconteceriam em junho deste ano, no entanto, admitiu que acabou queimando etapas na recuperação da lesão do ombro.

– Como eu tinha feito tudo correndo para as Olimpíadas, pulando etapa, usei a quarentena para jogar a meu favor. Li muito, pesquisei sobre o que queria fazer quando chegasse ao fim o meu voleibol. Resolvi fazer cursos, mental coach com meu bruxo Maurici Mariano, e cuidar da mente, não só do corpo. Coisas que não temos tempo de fazer. E ainda consegui curtir minha família, viver uma vida de casada! Cinco anos com meu marido e nunca tinha realmente morado com ele – afirmou a central, ao jornal LANCE!.

Adenízia relembra que, no Scandicci, poderia ter problemas para disputar um lugar no time titular e, consequentemente uma vaga olímpica, já que na Itália existe o limite de quatro estrangeiras por equipe e a central vinha sem ritmo de jogo e treino, por conta da cirurgia. Além disso, o Scandicci passou por uma mudança de treinador – Marco Mencarelli foi substituído por Luca Cristofani.

– Tudo aconteceu do nada. Eu estava em recuperação de um lesão no ombro, jogando na Itália. Como eu queria ter mais uma oportunidade de ir para Tóquio, decidi que era hora de retornar ao Brasil e começar uma nova preparação. Sabia que seria bem amparada. Voltei para o Insport, onde minha fisioterapeuta Monica Mariutti e o Rodrigo Iglesias me deram total apoio. E acertei com o Sesi Vôlei Bauru, que já estava atuando na Superliga – completou Adenízia.

A briga no meio da Seleção promete ser boa. No último ciclo olímpico, Zé Roberto escalou as centrais Bia, Mara, Carol (do Praia), Fabiana, Mayany, Lara e Milca, revezando na VNL, no Sul-Americano, no Pré-Olímpico e na Copa do Mundo do Japão. Depois da última temporada, Thaisa, que fez uma Superliga irrepreensível pelo Itambé/Minas, só ficará fora de uma convocação para Tóquio se quiser. Carol Gattaz, também do clube mineiro, é outra que fez uma ótima Superliga e pode ganhar uma chance.

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