A surreal atuação de Abdel-Aziz na Champions

Publicada: 01/12/2020 - 18:38


Holandês brilhou na abertura da fase de grupos
A surreal atuação de Abdel-Aziz na Champions
CEV Divulgação

Nimir Abdel-Aziz pode ser considerado o jogador mais completo do mundo? Arrisco a dizer que sim. Nesta terça-feira, em Trento, o holandês, de 2,01m e 28 anos, liderou uma virada espetacular do Trentino sobre o Lokomotiv Novosibirsk, da Rússia, por 3 a 2, parciais de 21-25, 23-25, 25-23, 25-23 e 15-2, na abertura da fase de grupos da Champions League.

Foram 12 pontos marcados e o prêmio de MVP. Pouco para um oposto em cinco sets, alguém vai dizer. Mas ele jogou improvisado mais uma vez como levantador, já que Gianelli e Sperotto estão com coronavírus. Além de fazer uma distribuição bem honesta, com poucos erros, Abdel-Aziz foi um dos maiores pontuadores do time. Ficou atrás apenas de Kooy e Podrascanin, com 20 e 13, respectivamente.

O poder de decisão dele se confirmou no tie-break. Abdel-Aziz iniciou sua passagem pelo saque com o placar apontando 4 a 2. Saindo de lá com 15 a 2. Algo surreal, levando em consideração o nível do time que estava do outro lado da quadra. Foram três aces e vários outros saques que desestabilizaram o ataque russo e permitiram bloqueios ou defesas do Trentino.

Abdel-Aziz mostrando o talento no levantamento (CEV Divulgação)

Até 2016, Abdel-Aziz jogou como levantador. Já era titular da seleção holandesa na posição e iniciou a transição para a condição de ponta na equipe do Poitiers, da França. Firmou-se na sequência em Milão durante três temporadas como oposto, até chegar ao Trentino, após ser o maior pontuador do último Campeonato Italiano.

Dos 12 pontos dele nesta terça, seis foram em aces, três em bloqueios e três em ataques. O brasileiro Lucarelli também terminou com 12 acertos: 9 em 19 no ataque (47%), um no saque e dois no bloqueio. No passe, o camisa 8 sofreu bastante, terminando com 19% de positividade.

Pelo Novosibirsk, atônito com a virada sofrida, Savin e Lyzik anotaram 15 pontos cada, um a mais do que o sérvio Ivovic, ex-Taubaté.

Por Daniel Bortoletto

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