Sada Cruzeiro renegocia pagamentos até setembro

Publicada: 30/04/2020 - 23:17


Impacto da crise mundial atingiu o vitorioso projeto mineiro
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Foto: Divulgação

Até o sólido, consolidado e vitorioso projeto do Sada Cruzeiro, atual campeão sul-americano, da Copa Brasil e mineiro, sofre bastante com os impactos da crise global motivada pela pandemia do coronavírus.

Nos últimos dias, dirigentes contactaram empresários para rediscutir os valores pagos para atletas. O mesmo vale para comissão técnica e demais funcionários. Segundo apurou o Web Vôlei, o Sada Cruzeiro sugere o pagamento de apenas 30% dos valores previamente combinados para os jogadores até o mês de setembro.

Ou seja: não estamos falando apenas dos últimos dois salários que os jogadores receberão, em maio e junho, referentes à temporada 2019/2020. O impacto já é direto em 2020/2021. Neste cenário de contenção de despesas, algumas renovações contratuais, inclusive, estão paralisadas.

“Neste momento é impossível pensar no futuro do projeto se a gente não fizer um pacto de sobrevivência para atravessarmos juntos a crise”, diz um dos trechos das mensagens obtidas pelo Web Vôlei, antes do complemento: “Para garantir a continuidade do projeto e confiando que as coisas vão melhorar”.

Além do corte salarial, o Sada Cruzeiro fez desligamentos de pessoas do staff.

E saiba que o impacto não será visto apenas no time dirigido por Marcelo Mendez. O projeto mineiro contempla atualmente formação de atletas nas categorias de base. Jogadores jovens e sem espaço no elenco principal são emprestados, com o Sada Cruzeiro pagando os salários. Assim foi montada a comissão técnica e boa parte do elenco do América, no projeto com Montes Claros, na última Superliga. Os participantes de Minas Gerais na Superliga B (Juiz de Fora, Lavras e Uberlândia) também contavam com a ajuda, sem falar em patrocínios pontuais e imprescindíveis de empresas de Vittorio Medioli, presidente do Grupo Sada.

Internamente, o Grupo Sada trabalha com uma queda de recente de 80 a 90% nos próximos meses. E são exatamente esses números assustadores os responsáveis pelo impacto direto no projeto do vôlei.

Por Daniel Bortoletto

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