Games e streaming: sucesso passa por preservação da imagem

Publicada: 19/12/2022 - 12:00


Credibilidade de gamers pode garantir contratos e parcerias, mas é preciso olhar o canal como um produto

Por Leonardo Fabri

Milhares de jovens atualmente sonham em se tornar streamers de sucesso, podendo lucrar transmitindo partidas, análises e reações em plataforma como Twitch e Youtube, como fazem os mais consagrados, como Casimiro e Gaulês, que, inclusive, começaram graças ao esport.

Muitos já engatinham transmitindo conteúdo de jogos em seus canais; todavia, somente isso não é o suficiente. Para a expert em propaganda e marketing Ana Paula Yamamoto, assim como todo produto, os conteúdos desses novos streamers devem seguir alguns padrões.

“Acredito que quando falamos de internet é importante que o streamer tenha conteúdo, mas também consistência, porque isso ajuda o algoritmo a entregar o conteúdo a um maior número de inscritos e/ou pessoas interessadas no conteúdo”, aponta a publicitária, acostumada a ajudar empresas a alavancarem a imagem.

Além da empreitada como streamers, os ávidos por games podem também se profissionalizar como jogadores profissionais, sendo contratados por grandes equipes e até mesmo universidades, com bolsas de estudo e até altos salários para representá-la em competições. Isso é muito comum nos EUA.

“Por isso é importante os gamers que fazem streaming se preservarem como uma marca”, atenta Ana Paula. “Se o atleta não tiver uma boa conduta, principalmente on-line, acho muito difícil que, mesmo ele tendo excelentes desempenhos, as universidades o convidem a representá-la, já que uma possível má conduta pode ter efeitos negativos na imagem da instituição”.

Ana Paula Yamamoto possui mais de 13 anos de experiência no mercado de propaganda e marketing, tendo papel fundamental em diversas ações de sucesso ao longo da carreira. Um de seus trabalhos mais marcantes foi no setor anti-pirataria da gigante Microsoft. Além disso, ela prestou serviços para pessoas físicas, grandes shoppings e até universidades. Ela tem planos de levar os conhecimentos para os atletas e, assim, desenvolver o futuro e melhorar o marketing e a receita financeira dos atletas profissionais atuando nos Estados Unidos.

“A imagem, seja de uma pessoa ou uma empresa, dita o seu público e seus valores. Portanto, para o streamer-gamer, não basta apenas ligar o game e transmitir uma partida qualquer, é necessário um conteúdo de qualidade, original, consistência para manter a audiência e, claro, seguir as diretrizes da plataforma. Isso ajuda o algoritmo a jogar a seu favor e evitar limitações, bloqueios e banimentos, faltas que podem custar contratos e parcerias”, finaliza Ana Paula, que já desenvolveu estudos sobre marketing esportivo para a Rede Globo.

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