Advogada de imigração dá dicas para atletas brasileiros que pretendem aplicar para o visto profissional nos EUA

Publicada: 23/12/2022 - 14:25


Foto: pexels

Por Leonardo Fabri

O Brasil é o maior exportador de professores e instrutores de jiu-jitsu do mundo, enviando desde faixas-roxas a faixas-pretas para difundir as técnicas e a filosofia da arte suave para os quatros cantos do planeta. O principal importador são os EUA, que hoje possuem incontáveis tatames comerciais e profissionais liderados por brasileiros. 

Baseado nisso, um escritório de direito especializado em imigraçao se aperfeiçoou em auxiliar professores brasileiros nesse processo, tendo em vista que é necessário cumprir demandas burocráticas para obter sucesso no pedido. Uma dessas principais advogadas “faixas-pretas” à frente do Ricci Law, localizado em San Diego, é a brasileira Larissa Ricci Pereira. 

Reconhecida no ramo de Direito Esportivo Imigratório, dando palestra sobre o assunto nos EUA, membro da Associação de Advogados de Imigração (AILA), atuando em diversos comitês, Mestre em Direito do Entretenimento pela USC Gould School of Law, Larissa Ricci identificou essa necessidade entre os praticantes de jiu-jitsu em 2016, quando começou a desenvolver esse importante trabalho para atletas de ponta.

“É importante destacar que tanto os professores quanto os atletas, para conseguirem a autorização para trabalhar nos EUA, é indispensável contar com a assistência de um advogado especializado em Jiu-Jitsu. A autorização é fundamental para obter trabalho de forma legal e não ter problemas com a Imigração”, destaca a advogada, responsável por trabalhos importantes para o Ricci Law, escritório de Imigração reconhecido nos EUA.

“A principal dica que eu posso dar aos interessados é essa: procurem um advogado de imigração, a aplicação para atletas internacionalmente reconhecidos é complexa, precisando demonstrar detalhes específicos da área para os oficiais da Imigração. Não caia nessa de escutar um colega, cada caso tem o seu diferencial e não podem comparar. É essencial contar com um profissional com experiência na área. Procurar saber as opções imigratórias é fundamental, perguntar para o profissional da área a diferença de P1A e O1A, e também se o imigrante qualifica para o Greencard”, completa.

Larissa Ricci também chama a atenção para a possibilidade do visto ser cancelado depois de concedido, enfatizando ainda mais a importância de contar com um advogado experiente em imigração para que nenhuma demanda acabe negligenciada.

“A Lei de imigração é clara em relação ao visto P1A de atleta. A única remuneração que o atleta pode receber é patrocínios, premiações e remuneração como atleta profissional, por isso a importância de enquadrar o atleta na qualificação correta para o visto de trabalho”, explica

“Outro erro é não escutar o advogado. É preciso acreditar no que ele está falando, quando damos uma direção para o bem e a aprovação do cliente. Tem clientes que não gostam de uma opinião, acabam escutando outras pessoas, tentam fazer sozinhos e acabam tendo o visto negado. Os que confiam tem um alto índice de sucesso”, afirma.

A advogada já desenvolveu trabalho para diversos professores e atletas das principais equipes do mundo, como Checkmat, Alliance, Atos, Six Blades, Gracie Barra, Cícero Costha, entre outras. Ela ainda explica que o visto para atleta é diferente do de professor e lista algumas dicas para quem planeja entrar com um pedido. 

“A primeira coisa que o interessado deve fazer é mostrar os principais títulos para o advogado, separando os prêmios de cada faixa e coletando as publicações e matérias feitas ao longo da carreira. No caso dos atletas, levante todas as suas informações a respeito de graduação, reputação e conquistas, todas as comprovações, e passem para o advogado”, lembrou.

“Sugiro aos atletas que planejam vir para os EUA que disputem as grandes competições,  seja da CBJJ, IBJJF, lutem, pontuem no ranking, subam no pódio, conquistem títulos. Isso tudo pesa na hora da avaliação do pedido de visto para habilidades especiais”, conclui.

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