Após defender cinturão, lutador que estava na guerra dedica vitória à Ucrânia
Por: Redação
Publicada: 01/03/2023 - 13:57
Após um ano e sete meses afastado dos ringues para defender a Ucrânia na guerra contra a Rússia, Yaroslav Amosov voltou com tudo ao cage do Bellator, no último final de semana, e defendeu com sucesso o cinturão dos meio-médios da organização, ao vencer, com autoridade, o norte-americano Logan Storley.
“Obrigado ao meu país, obrigado ao meu exército e a meus fãs. Foi para o meu país. Hoje acho que é um dia muito bom para o meu país. Segurar dois cinturões de ouro (…). Me sinto muito bem porque esperei por isso por um longo tempo. Treino duro e sinto muita motivação e responsabilidade. Agora, relaxo. Vou relaxar depois da luta e estou feliz porque acho que dei um bom dia ao meu país. É a primeira vez que tenho um grande apoio no cage. Nos Estados Unidos tive apoio, mas não como hoje. Muitas bandeiras ucranianas, muitos ucranianos, meu tio, meus amigos, vejo muita gente (aqui). Foi um grande apoio e me deu uma energia muito boa”, disse o lutador após vencer a luta.
Há um ano, a Rússia havia declarado guerra com a Ucrânia por motivos políticos. E como o país ucraniano é significativamente menor do que o dos russo em questão territorial, sofreu muito com os ataques. Com isso, Yaroslav Amosov se viu na obrigação de ir ajudar seu país na linha de frente. Ficou meses trabalhando como soldado ajudando a população, até as tropas russas serem retiradas do centro do país.
“Eu não sabia quando a guerra poderia acabar, é meu país, minha cidade. Eu não sabia o que fazer depois. A única coisa que conseguia pensar era que estava na guerra. Mas depois que o centro da Ucrânia ficou livre, me veio à cabeça ‘Talvez seja a hora de voltar para os ringues.’ Depois disso, muitas pessoas me disseram pra mim ‘Vamos Yaroslav. Você tem que defender o seu cinturão. Você tem que voltar a lutar.’ Então decidi voltar”, revelou o lutador em entrevista para o podcast MMA Hour.
A guerra entre Ucrânia e Rússia ainda está acontecendo e o lutador diz que no momento não planeja voltar para o serviço militar, mas dará todo suporte e ajuda para seu povo da melhor maneira que precisar. Também irá arranjar tempo para visitar seu país natal, já que está vivendo na Polônia com sua família.