Brasileira celebra duas medalhas conquistadas no Mundial No-Gi e revela planos ousados para 2023

Publicada: 16/12/2022 - 10:51


Prata na categoria e bronze no absoluto, Luciana Castelo Branco mira grand slam da IBJJF e revanches casadas

Foto: Shawna Rodgers

Por Leonardo Fabri

Luciana Mota Castelo Branco encerrou seu primeiro ano como faixa-preta conquistando o vice-campeonato no peso e o bronze no absoluto no disputado Mundial de Jiu-Jitsu No-Gi da IBJJF, realizado no último final de semana em Anaheim, na Califórnia, EUA.

Para ganhar a medalha de prata em sua divisão, a brasileira venceu a semifinal e fechou a final com uma colega de equipe. Já no absoluto, que abrange atletas de todos os pesos, o caminho foi mais árduo. Para conquistar o bronze, ela precisou vencer duas adversárias e só foi parada pela lutadora que viria a ser a campeã. 

“Na categoria foi um sentimento de 100%, tendo em vista que a prata veio no fechamento da categoria com minha colega de time. Na disputa do absoluto, gostei do meu desempenho, pois enfrentei oponentes do mais alto gabarito. Enfim, o saldo foi totalmente positivo e eu só tenho a celebrar”, destacou a atleta da Alliance.

Com os resultados nesses 12 meses de faixa-preta, ainda com direito ao vice-campeonato mundial de kimono e o título da American National, Luciana Mota Castelo Branco encerra a temporada na oitava posição do ranking geral na faixa-preta adulto da IBJJF, principal federação de jiu-jitsu do planeta.

Para 2023, já familiarizada na faixa-preta, ela projeta planos mais ambiciosos, a começar pela Europa e, quem sabe, passando pelo Oriente Médio.

“Quero correr o grand slam da IBJJF”, contou. “Vou iniciar disputando o Europeu, na França; depois Pan-Americano, Campeonato Brasileiro, Mundial de kimono na Pirâmide, na Califórnia; depois, Mundial Master, American National; e fechar novamente no Mundial No-Gi no final do ano. Também vou fazer de tudo para disputar o Abu Dhabi World Pro, nos Emirados Árabes”, planeja.

E não para por aí. Além das principais competições de jiu-jitsu do planeta, Luciana também pretende disputar lutas casadas, que vem, cada vez mais, ganhando os grandes palcos da modalidade entre as mulheres.

“Estou disposta a disputar eventos que valorizem as atletas do feminino com premiações, para demonstrar que as lutas femininas empolgam os fãs do jiu-jitsu assim como as masculinas”, frisou. “Gosto de enfrentar adversárias que tenham como objetivos apresentar um espetáculo e contribuir para a evolução do esporte”. 

Apesar de estar aberta para convites, ela não esconde que tem duas concorrentes em especial que gostaria de enfrentar, justamente as que a venceram nas finais do Mundial de kimono e, agora, recentemente do sem kimono.

“Sempre que enfrento grandes oponentes tento tirar sempre um aprendizado das lutas. Gostaria especificamente de duas revanches em 2023: uma contra a oponente multi-campeã mundial Ana Vieira, que enfrentei na final da categoria do Mundial de kimono; e outra contra Elisabeth Clay, atual campeã absoluto adulto World NO GI”, avisou.

Além dos títulos conquistados este ano, Luciana Mota Castelo Branco também foi campeã do American National, já na faixa-preta. Nas coloridas, ela ainda coleciona três títulos mundiais sem kimono, nas faixas roxa e marrom; um mundial master na faixa-marrom; um título Pan-Americano, na roxa; e onze títulos no American Nationals, sendo seis de kimono e cinco sem, incluindo categoria e absoluto, todos pela IBJJF.


Recomendado para você


Comentários