Câmara dos Vereadores do Rio recebe audiência sobre PL dos professores de lutas e artes marciais

Publicada: 17/05/2024 - 12:28


Audiência pública foi um sucesso no Rio de Janeiro (Foto Dai Bueno / @daitatame)
Audiência pública foi um sucesso no Rio de Janeiro (Foto Dai Bueno / @daitatame)

Dando sequência ao debate sobre a regulamentação da profissão do instrutor de lutas e artes marciais, na última quarta-feira (15) a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro recebeu uma audiência pública para tratar sobre o Projeto de Lei criado pelo deputado federal Julio Cesar Ribeiro (PL 3649/20).

O evento teve praticamente 100% de adesão dos líderes das entidades de diferentes artes marciais do Rio, que se uniram com o objetivo de criar uma ementa com a opinião local sobre o PL 3649/20, a ser enviada para a Comissão do Esporte, em Brasília-DF.

Estiveram presentes na audiência mais de 50 representantes das Federações, Confederações, Ligas e Associações dos esportes de combate da cidade, além do vereador Marcelo Arar, presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Lutas e Artes Marciais, do advogado Dr. Newton, do GM Murilo Bustamante, Mestre Camisa, do lutador Dudu Dantes e de Fabrício Xavier, Clayton Mangueira e Marcos Castro, presidente, vice e diretor do SINDILUTAS, respectivamente.

Ex-campeão do UFC e grande nome das lutas, Murilo Bustamante marcou presença na mesa e foi enfático em sua fala: “Essa questão eu já vivi no passado, me lembro bem quando o CREF fazia cursos, cobrava, tinham um manual, ganhavam um bom dinheiro dos professores. Felizmente isso ficou no passado, essa questão foi resolvida, mas fui pego de surpresa há duas semanas quando encontrei o Marcos Castro e ele me perguntou o que eu achava da volta do controle das artes marciais pelo sistema CONFEF/CREF”, disse, completando:

“Minha opinião é que isso é um absurdo. Querem só comercializar e ganhar dinheiro, eles não têm capacidade de gerir as artes marciais. A gente não pode se submeter a esse sistema, a arte marcial precisa ser regulada por ela própria. A curto prazo, minha sugestão seriam as entidades se unirem, tomarem à frente. Essa mobilização é necessária, união de diferentes professores e representantes das artes marciais. Sabemos os benefícios que elas trazem, diversos projetos sociais atuantes, o poder de tirar crianças da rua, educar os jovens, uma ferramenta poderosíssima na formação de homens e mulheres”, encerrou.

Junto à audiência, foi lançada a campanha #RegulamentaLuta, com uma hashtag a ser usada nas redes sociais para movimentar o debate rumo à regulamentação.

Audiência reúne importantes nomes em Brasília

Vale lembrar que, no último dia 7 de maio, o Congresso Nacional, em Brasília-DF, recebeu uma audiência pública na Comissão do Esporte sobre a regulamentação da profissão de instrutor de lutas e artes marciais, presidida pelo deputado Julio Cesar, autor do Projeto de Lei.

Ele ganhou destaque em meio a uma pauta pedindo a obrigatoriedade dos professores cursarem uma faculdade de Educação Física – sendo assim submetidos ao sistema CONFEF/CREF – entrar em discussão após alguns deputados defenderem a questão, porém mais uma vez ela foi superada e segue pacificada.

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